Brasil: 25 pessoas LGBTI eleitas nas eleições autárquicas

Erika Hilton, Linda brasil e Duda Salabert, algumas das vereadoras eleitas nas eleições autárquicas no Brasil

Pela primeira vez, pessoas trans candidatas a umas eleições autárquicas puderam concorrer a cargos eletivos utilizando o nome pelo qual são conhecidas na comunidade.

Em São Paulo, a maior metrópole do país, duas pessoas trans ficaram entre as 10 pessoas vereadoras mais votadas.

Erika Hilton, eleita pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol), uma força progressista de esquerda, ficou em sexto lugar com 50.477 votos, tornando-se a primeira trans negra eleita para a Câmara Municipal da capital económica do Brasil.

Thammy Miranda, um homem trans, foi eleito pelo Partido Liberal (direita), depois de mobilizar o Brasil ao fazer uma campanha publicitária no Dia dos Pais para uma marca de cosméticos.

Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais e a sexta cidade mais populosa do Brail, Duda Salabert tornou-se a primeira pessoa trans a ser eleita para a câmara municipal, liderando a votação local, com 37.613 votos. Membro do PDT (centro-esquerda), Salabert já tinha tentado ocupar, sem sucesso, um assento no Congresso brasileiro em 2018.

Aracaju, capital do estado brasileiro de Sergipe, também elegeu pela primeira vez uma vereadora trans, Linda Brasil, também do Psol.

O Brasil é um dos países com mais assassinatos de pessoas trans do mundo, tendo registado pelo menos 124 crimes de ódio em 2019.

No Rio de Janeiro, nenhuma candidatura de pessoa trans venceu, mas Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, vereadora negra e lésbica assassinada brutalmente em março de 2018, ganhou um lugar na câmara municipal.

Fonte: Lusa.