EUA: Mais Livre A Partir De Hoje

Hoje foi um dia histórico, não só em Portugal mas também nos Estados Unidos da América onde foi, finalmente, acrescentamos, legalizado pelo Supremo Tribunal o casamento entre pessoas do mesmo sexo a nível nacional.

Trinta e sete Estados já respeitavam a igualdade do casamento, mas com esta decisão a lei chegará aos restantes treze que até agora baniam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os Juízes entenderam que, sob a 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, todos os Estados têm que emitir licenças de casamento a casais do mesmo sexo, tal como reconhecer os casamentos celebrados noutros Estados.

Juízes do Supremo Tribunal que votaram favoravelmente (entre outros): Sonia Sotomayor, Elena Kagan, Ruth Bader Ginsburg, Stephen Breyer and Anthony Kennedy. (Getty)
Juízes do Supremo Tribunal que votaram favoravelmente: Sonia Sotomayor, Elena Kagan, Ruth Bader Ginsburg, Stephen Breyer and Anthony Kennedy. (Getty)

Desta forma, famílias que outrora se encontravam desprotegidas pela Lei, não eram reconhecidas socialmente e não lhes era dada a hipótese de estabilidade tal como um casamento civil deve garantir, estão a partir de hoje verdadeiramente inseridas dentro de um sistema que tem a obrigação de as proteger. A isto pode ser acrescentado o valor imensurável que é uma criança percepcionar a sua família como um valor digno e não como uma união menor.

O Presidente Obama fez a seguinte declaração:

A nossa Nação foi fundada em um princípio de base, que todos são criados iguais. O projeto de cada geração é colmatar o significado dessas palavras com a realidade dos novos tempos. A busca interminável para assegurar esses valores é defendido por cada americano. O progresso nesta jornada muitas vezes surge em pequenos incrementos, por vezes são dados dois passos em frente, outras um passo para trás, impulsionado o avanço pelo esforço persistente de cidadãos dedicados. E, por vezes também, há dias assim como o de hoje, quando o esforço lento e constante é recompensado com uma justiça que chega como um raio. Esta manhã o Supremo Tribunal reconheceu que a Constituição garante igualdade no casamento. Ao fazê-lo eles reafirmaram que todos os americanos têm direito a igual proteção da lei.

Sarah-Kate Ellis, presidente da organização GLAAD, expressou-se assim:

Hoje, o amor prevaleceu, e a nossa Nação tornou-se uma União mais perfeita, afirmando que todas as pessoas são realmente iguais e que a justiça pertence a todos. Com esta decisão, casais do mesmo sexo finalmente sabem que as suas famílias estão protegidas e sua dignidade não está em debate público. Mas enquanto celebramos esta vitória, somos lembrados que a igualdade de casamento é uma referência, não uma linha de chegada, e o nosso trabalho para colmatar o fosso pela plena aceitação por pessoas LGBT continua.

As celebridade também não se fizeram esperar para espalhar o seu apoio e celebração pela decisão do Tribunal nas redes sociais, alguns exemplos:

Tem havido uma esperada (e igualmente triste) resistência em alguns locais nos Estados Unidos, especialmente onde as igrejas mais extremistas dominam, como nalguns municípios que preferem deixar de celebrar casamentos do que se verem forçados a cumprir a lei. Mas não nos deixemos enganar, a história repete-se e acreditamos que, apesar de ser uma batalha longe de ser ganha, o passo derradeiro foi hoje dado. É hora de celebrá-lo e os norte-americanos saíram à rua para tal, confiram as fotografias e cliquem-nas para verem em tamanho digno da festa:

Fontes: Huffington Post, Advocate, Billboard e AL.com.

Nota: Obrigado à Sandra e ao Carlos pelas dicas <3

6 comentários

      1. Vai ter de certeza. O que atrasou esta decisão nos EUA foi mesmo as posições mais conservadoras de alguns estados, porque o país em si é bastante liberal e progressista. Foi preciso coragem para aplicar esta lei a todos os estados, mas prova que realmente os direitos humanos e a liberdade individual de cada um não estão condicionados às posições pessoais que alguns possam ter…
        Ainda falta muito trabalho nos países africanos e árabes… Espero que nos próximos anos se vejam mais etapas alcançadas para as pessoas LGBT dessas regiões.

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