O Papa Francisco E As Modas Passageiras

O plano de Deus para a criação, disse o Papa Francisco no passado Domingo, está “cumprida na união amorosa entre um homem e uma mulher, regozijando-se na sua jornada compartilhada.” Ele exortou os fiéis a superar “toda forma de individualismo e legalismo” que esconde o medo de aceitar o “verdadeiro significado de casal e da sexualidade humana”, uma lembrança de que o foco principal do sínodo continua a ser a família tradicional. Disse que a missão da Igreja não deve ser influenciada por “modas passageiras ou opiniões populares.”

O ‘verdadeiro’ significado de casal e da sexualidade humana não passará certamente por um modelo único como, aliás, a história milenar das várias sociedades humanas nos têm mostrado. O Papa Francisco volta assim a atirar mais uma acha sobre as famílias mono e homoparentais, negando-as e, pior, não entendendo que as pessoas LGBT não são “modas passageiras”.

Porque, por mais que nos neguem, assaltem, violem, massacrem – e muitas vezes o fizeram em nome de uma Fé – nós aqui estaremos, a cuidar de todos aqueles que de nós precisem, a cuidar dos nossos e dos vossos filhos – talvez um deles até tenha já sido beijado por lábios papais – e então, um dia, poderemos falar abertamente em compaixão e no sagrado Amor entre os homens, todos el@s.

Fontes: The New York Times e Mashable (fotografia).

4 comentários

  1. Algo que eu temia em relação a esse papa, desde quando emitiu declarações afáveis em relação aos gays logo após a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, era que tudo não passasse afinal de um jogo de cena destinado a desfazer o perfil carrancudo deixado por seu pouco carismático antecessor. Em todo caso, isso nos ensina a não ter expectativas elevadas em relação a essa instituição. E tampouco medo, já que esse discurso, já bem conhecido, é uma carícia se comparado ao ódio desbragado que disseminam as igrejas neopentecostais do Brasil…

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