Queer Porto 1: Conheçam Os Filmes Vencedores

Terminou ontem o Primeiro Queer Porto e, depois de uma semana recheada de cinema, foram conhecidos os vencedores. Com o júri da competição oficial composto por José Capela, Rui Filipe Oliveira e Toby Ashraf, foram entregues os seguintes prémios:

Sinopse: Um ensaio cinematográfico em defesa do ato de recordar, The Royal Road apresenta-se como um manual sobre a colonização espanhola da Califórnia e da guerra mexicano-americana, juntamente com reflexões íntimas sobre nostalgia, identidade butch e Vertigo, o filme de Alfred Hitchcock; todos temas colocados sobre um contemplativo pano de fundo de paisagens urbanas da Califórnia filmadas em 16mm. A voz-off lírica que narra o filme combina pesquisa histórica rigorosa com um monólogo pessoal em modo stream-of-consciousness, e relata histórias aparentemente díspares através de uma perspetiva intimista. O resultado é um conto único sobre a Califórnia, bem como um filme sobre paisagens, o desejo, a memória e a história – e as histórias que nós contamos.

The Night, de Zhou Hao queer porto cinema festival lgbt
The Night, de Zhou Hao

Sinopse: Um rapaz olha-se em frente a um espelho. A noite pertence-lhe. Todas as noites, avalia a sua aparência e, vestido com uma camisa nova, sai de casa e espera num beco mal iluminado pelos seus clientes. Uma noite conhece uma prostituta da sua idade recém chegada àquela parte da cidade. Eles romanceiam-se e passeiam pelas ruas, brincam com a ideia de alugar os seus corpos um ao outro e chamam um ao outro nomes de flore: ele Tuberose e ela, Narcissus. Os estranhos que eles perseguem permanecem anónimos, até que Rose, num caso de uma noite , apaixona-se por Tuberose. Com a ajuda de Narcissus, Rose utiliza o seu charme para tentar conquistar o jovem prostituto e, embora Tuberose responda com reservas, é-lhe cada vez mais difícil ficar indiferente.

De Gravata e Unha Vermelha queer porto festival cinema lgbt
De Gravata E Unha Vermelha, de Miriam Chnaiderman

Sinopse: O documentário, inspirado na cartoonista Laerte, que faz tiras diárias no jornal Folha de São Paulo e aos sessenta anos passou a apresentar-se como mulher, cria um painel vigoroso, moderno, irónico, belo e polémico, dos modos que cada um encontra de se respeitar na construção do próprio corpo. Isso abrange tanto a escolha de género como a escolha do corpo e, consequentemente, maneiras de estar no mundo. Assim é que, no mundo contemporâneo, a própria sexualidade é escolhida: homens se tornam mulheres, mulheres se tornam homens. Poder brincar com a roupa e a aparência vai adquirindo contornos inusitados. Dudu Bertholini, com seus cafetans, é o âncora. Dudu, dono da loja de roupa Neon define-se como alguém que não é determinado pelo feminino ou masculino na escolha das roupas ou na sua maneira de estar no mundo.

28 filmes depois, o Queer Porto – que tem já garantidas mais duas edições – trouxe ao público do norte a dinâmica e a riqueza de um festival queer reconhecido internacionalmente. Que venha 2016 em força e com muito bom cinema!

Fonte: Queer Porto.

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