‘Estado Islâmico’ Executa Um Adolescente (acusado de ser gay)

Militantes do auto-proclamado ‘Estado Islâmico‘ executaram na passada Sexta-Feira um jovem de 15 anos, atirando-o do topo de um edifício na cidade síria de  Deir ez-Sor. A acusação: ser gay.

Esta é o último relato de uma série de execuções (ou antes assassínios) que o grupo terrorista tem feito contra alegados homossexuais. Poderão ler duas reportagens sobre dois sobreviventes que escaparam aqui e aqui. Tal como nos outros casos, o assassínio foi conduzido frente a uma multidão que viu os militantes vendarem o jovem e o atirá-lo depois de um edifício. As vítimas que sobrevivam à queda de vários andares são depois apedrejadas até à morte pelos militantes e pelo restante público (não se sabe quantos deles forçados a tal barbárie).

Mas existe uma macabra reviravolta nesta história: o jovem foi encontrado em casa de um líder do próprio ‘Estado Islâmico’. O líder foi identificado como sendo Abu Zaid al-Jazrawi e foi inicialmente condenado à morte pela prática de relações homossexuais com o rapaz, mas militantes conseguiram convencer o tribunal. Assim al-Jazrawi foi destituído da sua posição e enviado para a linha da frente da batalha no Iraque.

O Daesh [outra designação para o grupo terrorista] acusa pessoas de serem gay apenas com base em informação superficial, sem qualquer investigação. Embora a lei islâmica proíba a homossexualidade, a punição brutal do Daesh nunca foi testemunhado ao longo da história. – Raed Ahmed, activista dos direitos civis.

Apesar de não haver forma de conhecer a realidade dos números de vítimas assassinadas pelo grupo terrorista por acusação de homossexualidade, em Agosto passado as Nações Unidas relataram a morte de pelo menos trinta pessoas suspeitas de serem LGBT.

Fontes: The Advocate e ARA News.