Charlie Carver, um jovem e popular actor de 27 anos, protagonista da série Teen Wolf – passa actualmente no canal MOV – assumiu-se ontem homossexual. Através da sua conta no Instagram, Carver partilhou uma imagem com um texto a acompanhar onde conta a sua história e aquilo que o fez assumir-se e libertar-se.
“Sê Quem Precisavas Quando Eras Mais Novo“. Há cerca de um ano, vi esta fotografia por acaso enquanto fazia scroll no meu Instagram. Gravei-a. Olhava para ela quase diariamente. E ao fim de um ano, tornou-se claro porque é que a imagem inspiracional me cativou.
Quando era um rapaz, sabia que queria ser actor. Foi por volta dessa altura que também soube, embora abstractamente, que eu era diferente de alguns dos outros rapazes da minha turma. Com o passar do tempo, este “saber” abstracto cresceu e articulou-se através de uma dolorosa gestação, marcada por sentimentos de desespero e alienação, que terminou comigo a dizer três palavras em voz alta: ‘Eu sou gay‘. Disse-o para mim mesmo primeiro, para ver como me sentia. Soava verdadeiro e odiei-me por isso. Tinha 12 anos. Demoraria alguns anos até conseguir repetir essas palavras para outra pessoa.
Para mim, e para a minha família, foi uma conversa preciosa, na qual senti que tinha começado a aceitar-me a mim mesmo, à minha vida. Não queria ser definido pela minha sexualidade. Claro, sou um homem gay orgulhoso, mas não me identifico como um homem gay, ou apenas gay. Que fique registado que o meu irmão gémeo [Max Carver] é tão fixe como eu ao ser heterossexual.
Para além da partilha da sua história – e antes que alguém venha dizer que a notícia de Carver assumir-se não importa – há que reconhecer de vez que são histórias e palavras como estas que alcançam as pessoas LGBT, especialmente as mais novas que, porventura confusas e sem saber ainda lidar com a sua natureza, podem ver nestes actos um aliado, uma inspiração. Perceberão assim que não estão sozinhas, que a sua eventual confusão é partilhada com outras pessoas, tal como Carver. E isso pode-lhes dar a força e a esperança para viverem as suas vidas futuras com dignidade e, mais que isso, orgulho! É, afinal de contas, essa a base da decisão do jovem actor, ser hoje quem ele precisava quando era mais jovem: um exemplo, para ele e para todos.
Fonte: DN.
Nota: Obrigado à Filipa pela dica 🙂
Exatamente. Este é o exemplo de algumas das histórias que os adolescentes nos confidenciam. Ou “Setôr, gosto tanto de raparigas como de rapazes. Não consigo escolher. Não sou normal!”
Estes exemplos são importantes para ajudar que as pessoas LGBT, e em especial as mais novas, não se sintam “anormais” e percebem que o que estão a sentir é natural.
Obrigado pelas palavras, Paulo, um abraço 😊🌈
Outro abraço, Pedro.