Turquia: Polícia Impede Marcha Do Orgulho LGBT (com balas de borracha e gás lacrimogénio)

A polícia turca usou balas de borracha e gás lacrimogénio para dispersar a Marcha do Orgulho LGBT de cerca de 50 pessoas em Istambul para impedir que esta se realize  durante o Ramadão.

As cinquenta pessoas que pretendia participar na Marcha do Orgulho LGBT reuniram-se na Praça Taksim, fizeram uma bandeira com as cores do arco-íris – símbolo máximo da população LGBT – e, quando se preparavam para ler um comunicado aos jornalistas, foram interrompidos por um chefe de polícia.

TURKEY-GAYS-DEMO
Fotografia por OZAN KOSE/AFP/Getty Images.

Enquanto a homossexualidade não é um crime na Turquia, ao contrário de muitos outros países muçulmanos, a homofobia continua a ser generalizada. Os críticos dizem que o presidente Tayyip Erdogan e o seu Partido AK têm demonstrado pouco interesse em expandir os direitos das minorias, LGBT e mulheres, e são intolerantes com quem seja dicidente, tal como mostrado no seguinte vídeo aquando da Marcha de 2015.

A celebração deste ano estava inserida na semana LGBT na Turquia, mas as autoridades proibiram a realização da Marcha, prevista para o dia 26, com o objetivo de “manter a segurança e a ordem pública“, o que provocou indignação.

Antes da intervenção policial, 12 manifestantes contra a população LGBT foram detidos perto da Praça Taksim. Por outro lado, dois activistas LGBT foram detidos.

A tradicional Marcha do Orgulho LGBT de Istambul tornou-se o maior evento do género num país muçulmano.

Que não restem pois dúvidas que, mesmo com a celebração LGBT histórica que Lisboa viveu ontem, ainda há muito a fazer até todos e todas vivermos em igualdade.

Fontes: France 24, Metro e DN.

Nota: Obrigado ao António e à Maria pela dica 🙂

5 comentários

      1. Sem dúvida. É mais um daqueles casos em que as considerações políticas e económicas da Alemanha se impõem a uma suposta identidade ou cultura Europeia.

      2. Sim, parece-me existir uma divergência política, religiosa e cultural imensas para que faça sentido essa integração. Hoje isso foi, mais uma vez, claro.

Deixa uma resposta