Kristen Stewart: "Interessa-me Viver De Uma Forma Verdadeira"

Não é segredo que a vida da actriz Kristen Stewart tem sofrido o escrutínio do público desde bem jovem. Com uma carreira cheia de sucessos – logo em 2002 com Sala de Pânico, ao lado de Jodie Foster e dirigida pelo David Fincher, como a inevitável Saga Twilight – os rumores da sua vida privada, alimentados pela industria tablóide e, em última instância, por todos e todas nós, fizeram manchetes em inúmeras revistas e jornais. Mas Kristen desde sempre se afastou dos holofotes quando a sua vida íntima era o foco das atenções. Até ontem.

Ao contrário do que aconteceu ainda recentemente por cá com o coming out de uma actriz portuguesa por jornais e revistas tablóides, Kristen conseguiu tomar as rédeas da sua privacidade e só agora falou abertamente pela primeira vez sobre a mesma. Assim falou para a Revista Elle:

Estou muito apaixonada pela minha namorada [Alicia Cargile]. Já terminámos algumas vezes e depois voltámos. E quando isso aconteceu, vi que podia sentir novamente. Quando namorei um rapaz escondi sempre as coisas, porque tudo o que nos era pessoal era imediatamente trivializado e não gostava disso. Fomos transformados em personagens de um livro ridículo de comics e pensava: “Isso é meu. Vocês estão a tornar o meu namoro em algo que ele não é“. Não gostei disso, mas, então, isso mudou quando comecei a namorar uma rapariga. Pensei na altura: “Na verdade, esconder esta relação implica que não estou empenhada nela ou que me envergonho dela“.Tive que alterar a forma como a abordei em público. Ela abriu a minha vida e sou muito mais feliz agora.

Figuras públicas ou não, as pessoas deverão decidir por elas mesmas o momento desejável para assumirem as suas relações ou a sua orientação sexual. Porque é um passo absolutamente pessoal e íntimo e que não deve ser extravasado por uma indústria tablóide que vive de publicidade, cliques, fofocas e mexericos fáceis, quase sempre à custa daqueles que, dia após dia, importunam. Foi esta a longa luta de Kristen Stewart e que termina, livre e por fim, agora.

Desengane-se quem ache que ela assumiu igualmente a sua orientação sexual, pois isso é tópico que ela não tocou. E, como tal e contra a lógica do mexerico, apenas foi escrito aquilo que ela publicamente achou relevante fazer saber. E, deste lado de fora, por que não há-de isso bastar?