Jogos Olímpicos: 7 Atletas Para Ver No Rio 2016

Começam hoje os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e hoje apresentamos uma lista de sete atletas e desportistas para seguirmos atentamente:

  • Robbie Manson (remo, em cima): Têm sido uns bons anos para o remador neozelandês; depois de se assumir homossexual, ganhou uma medalha de bronze no Campeonato Mundial de Remo, Manson deixou a sua marca na modalidade e confirmou-se como o segundo atleta LGBT assumido a qualificar-se para as Olimpíadas (depois do nadador-saltador Tom Daley).

 

  • Sam Sendel (trampolim): a ginasta canadiana assumiu a sua homossexualidade 14 anos depois de ter começado a sua actividade de salto de trampolim. “Como uma ginasta gay, sinto-me profundamente emocionada“, disse Sendel sobre a iniciativa do Comité Olímpico Canadiano de lutar contra a homofobia e apoiar os seus atletas LGBT.”Espero que esta iniciativa ajude a prevenir que as gerações mais jovens sintam a necessidade de esconder quem são. Esse foi um grande problema para mim e acho que esta iniciativa vai realmente fazer a diferença“.

 

  • Jamie Bissett (saltos para a água): Foi notícia no passado Novembro quando anunciou que estava a namorar o colega Tanner Wilfong, outro mergulhador de alto nível que também se classificou para as Olimpíadas. Mas o seu namorado poderá ser incapaz de competir no Rio devido a uma lesão nas costas. “[O Tanner] era assumido quando nos conhecemos, e, obviamente, isso foi assustador para mim, mas estou grato por tê-lo encontrado“.

 

  • Rose Cossar (ginástica rítmica, à direita): Tendo feito sua estreia olímpica em 2012 com a equipa canadiana, a atleta, abertamente lésbica, também investe muito do seu tempo em trabalhos de caridade e destaca-se como porta-voz do programa do Comité Olímpico no combate à homofobia no desporto. “Eu não queria contar a ninguém do mundo da ginástica [a minha orientação sexual], porque eu estava preocupada que isso poderia afectar a minha posição na equipa. O meu desporto é muito subjectivo … Qual o ponto de representar o meu país se não conseguia representar-me a mim mesma de uma forma verdadeira? Senti-me culpada por não me representar como pessoa e por aquilo que eu realmente era. Senti que não estava a ajudar-me ao esconder o meu verdadeiro eu [e por isso me assumi].

 

  • Tom Bosworth (marcha): Quando se assumiu homossexual no final de 2015, o marchador Bosworth causou um grande alvoroço no mundo do atletismo britânico, mas agora, ao fazer parte do plantel da equipa para o Rio 2016, tem a convicção nas medalhas em disputa nos Jogos Olímpicos. “É uma grande decisão, mas não vai mudar a minha vida. Sinto-me confortável e estou numa relação feliz nos últimos quatro anos e meio. Dentro de alguns anos, qualquer um poderá assumir-se homossexual. Qualquer um pode ter sucesso no desporto e espero que, um dia,  isto deixe de ser notícia“. Bosworth disse que era “assustador” sair do armário, mas sentiu que teve “muita sorte” devido ao apoio que recebeu de amigos e familiares, de outros atletas, incluindo Mo Farah (campeão europeu nas distâncias de 1.500, 3.000, 5.000 e 10.000). “No desporto você tem que parecer forte, outros poderão considerar ser-se gay como uma fraqueza, mas eu certamente não considero a minha sexualidade uma fraqueza.”

 

Fontes: Gay Star News, Metro News, Out Sports, After Ellen, LGBTQ Nation.

Por Pedro Carreira

Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon/Bluesky: @pedrojdoc

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