Dádiva De Sangue E O Fim De Uma Discriminação

A odisseia da discriminação do IPST e da DGS há muito é tópico de destaque deste espaço. Hoje de manhã, no jornal Público, foi anunciada uma nova reformulação da norma de dádiva de sangue por parte de pessoas homossexuais. Em comunicado da ILGA, que junta o historial da luta feita pela associação pelo levantamento desta discriminação, o grupo ‘homens que fazem sexo com homens’, anteriormente descartado automaticamente em consulta, deixa de existir e passa a ser dado maior ênfase nos comportamentos de risco.

Mas segundo a norma agora efectivamente disponibilizada – oficialmente no site da DGS, as alegações do Público não se mantêm e deixa de existir qualquer directiva de discriminação de pessoas homossexuais com a queda do termo anteriormente mencionado. Os comportamentos de risco são agora o critério e, segundo a mesma norma, generalizados para pessoas homo e heterossexuais, incluindo o sexo anal,  entre outros.

Com as novas regras, todos os homens e mulheres, para poderem dar sangue, devem esperar 6 meses desde a última vez que tiveram contactos sexuais com um parceiro novo. Já com um período de suspensão de 12 meses ficam os dadores que tenham tido relações sexuais com pessoas com VIH, hepatite B ou C ou com pessoas que pertençam a subpopulações com risco infeccioso acrescido. 

Um passo em caminho da direcção certa que coloca Portugal novamente na dianteira dos direitos das pessoas LGBT em todo o mundo e que se espera seja agora respeitado pelos profissionais de saúde, devidamente informados das novas alterações à lei.

Imagem do The Daily Beast