set de 7 #5

Hoje começamos com uma balada old school. Uma voz, um piano, um poema biográfico e tocante, de alguém que já há algum tempo tem vindo a colaborar com alguns nomes sonantes como Jessie Ware, Drake, Kanye West e Solange, entre outros, mas que só este ano lançou o seu álbum de estreia, “Process”. Falo-vos de Sampha, e convido-vos a descobrir o seu álbum.

Outros nomes na playlist desta semana serão eventualmente ilustres desconhecidos, com algumas exceções.

Trago-vos Montaigne, nome artístico da australiana Jessica Cerro que tem vindo a construir uma carreira sólida na Austrália, mas que deste lado do planeta ainda não é muito reconhecida. Vale a pena procurar e apreciar a sua música, que em algumas ocasiões traz à memória Regina Spektor e noutras Florence and the Machine ou Marina and the Diamonds, como a música que incluo hoje no set de 7.

Tove Stryke vem da terra de onde se cria muita e boa música – a Suécia. Participou no programa “Ídolos” daquele país em 2009 e embora tenha terminado apenas em terceiro lugar, tal serviu para dar um impulso à sua carreira e ao lançamento do seu primeiro álbum, simplesmente intitulado “Tove Stryke”, em 2010, a que se seguiu “Kiddo”, lançado em 2015, e de onde extraí esta “Ego” que incluí na seleção desta semana. Um nome a reter para quem gosta de catchy-pop com influências eletrónicas.

O destaque final desta semana vai para Cruel Youth, uma banda de três elementos liderada por Teddy Sinclair, nome artístico de Natalia Noemi Keery-Fisher, também conhecida por Natalia Kills. Natalia Kills teve uma carreira de moderado sucesso que incluiu o lançamento de dois álbuns, “Perfectionist”, em 2011 e “Trouble”, em 2013, e a participação, enquanto júri, do programa “The X Factor New Zealand” juntamente com o seu marido, Willy Moon, também ele integrante da banda Cruel Youth. Esta participação no programa terminou abruptamente na sequência de comentários demasiado abrasivos feitos pelo par a um dos concorrentes, que resultou no seu afastamento do programa e também, um pouco, na deterioração da sua imagem junto do público. Embora não seja esta uma razão oficial, talvez seja uma das justificações para a alteração da sua persona artística, surgindo agora com um nome, uma imagem e também um estilo musical reinventados em Cruel Youth, que lançaram o seu primeiro EP, “+30MG”, em 2016, e que vale mesmo a pena descobrir.

De resto, o set de 7 desta semana inclui ainda uma visita ao reino do folk pop, com Joseph, uma banda americana de três irmãs que no ano passado lançou o seu segundo álbum, “I’m alone, no you’re not”, Dagny, uma norueguesa que alcançou o sucesso com o single que vos trago hoje, “Backbeat”, e Tame Impala, a banda australiana de pop/rock psicadélico fundada em 2007 mas que em 2015 pareceu abraçar mais o lado pop com o lançamento de “Currents”,  uma mudança que lhes permitiu chegar a mais pessoas e aumentar a sua base de fãs. A música que incluo hoje na playlist é “New person, same old mistakes”, uma balada praticamente perfeita que teve inclusive uma cover de Rihanna no seu álbum mais recente, “Anti”.

Este é o set de 7 #5.

Os destaques visuais desta semana vão para Sampha, com um vídeo que nos permite imaginar que estamos a assistir a uma atuação privada, Cruel Youth, num vídeo aparentemente amador que se adequa completamente ao som pessoal da canção, e Joseph, com um ótimo trabalho de fotografia com um espírito folk, como a própria canção.

[Sampha – (No One Knows Me) Like The Piano]
You know I left, I flew the nest
And you know I won’t be long
And in my chest you know me best
And you know I’ll be back home.

 

[Cruel Youth – Mr. Watson]
What’s the point in being young?

 

[Joseph – Planets]
I am a comet flying through the stars.

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