set de 7 #9

Chet Faker já não existe. Este era o alter ego de Nick Murphy, que em 2015 decidiu deixar de lado o seu nome artístico para passar a utilizar apenas o seu nome verdadeiro. A “morte” de Chet Faker não implica, no entanto, que o som que o caracteriza deixe, também, de existir. O talento de Nick Murphy continua em nome próprio, e a voz de Chet Faker continua a ouvir-se nos singles entretanto já lançados por Nick Murphy. Esta semana trago-vos um dos primeiros exemplos do trabalho deste artista australiano nesta nova fase da sua carreira, “Stop Me”, lançado em 2016, que não desilude quem já era fã de Chet Faker e apenas aguça a curiosidade em relação a um próximo álbum em nome próprio.

Alma chega-nos da Finlândia, uma jovem de 20 anos que começou a chamar a atenção com a participação no programa “Pop Idol” finlandês, em 2013,  não só pela sua voz forte e envolvente mas também pelo seu estilo visual próprio com influências góticas e cabelos geralmente pintados com cores berrantes. No final de 2016 Alma lançou o seu primeiro EP, “Dye my hair” e, já este ano, lançou um novo single, este “Chasing Highs” que vos trago hoje, uma música que reflete claramente as tendências musicais do pop atual enquanto mantém o foco na voz de Alma. Uma artista com bastante potencial de quem se espera ouvir mais música interessante.

Dark Rooms é um grupo de quatro pessoas que, de acordo com a descrição dos próprios, cria música em encruzilhadas, com caminhos que levam a algum lado entre The Isley Brothers, David Byrne e Sigur Rós. Há uma fascinação pela fotografia que influencia as suas criações e que lhes confere uma certa aura cinematográfica, pelo que talvez não seja de surpreender a sua integração na banda sonora de alguns filmes, como é o caso da música que trago hoje, que faz parte do filme “A ghost story”.

A música de Perfume Genius geralmente explora temas como sexualidade, abuso doméstico, ou a integração de homossexuais na sociedade contemporânea, utilizando habitualmente vídeos artísticos para complementar a sua visão. “Slip away” é a primeira amostra do seu quarto álbum, “No Shape”, que será lançado em maio próximo, e que sucede ao seu álbum de estreia de 2010, “Learning”, a “Put Your Back N 2 It”, de 2012, e “Too Bright”, de 2014, numa carreira que tem vindo a acumular bastantes critícas favoráveis. Depois de já ter passado algumas vezes por Portugal, esperemos para ver se teremos oportunidade de (re)ver este artista ao vivo.

Skott cresceu num meio isolado na Escandinávia em que não teve acesso a música contemporânea até à sua adolescência, quando visitou uma cidade pela primeira vez. Sem prejuízo, durante esse tempo teve contacto com música folk. Esta evolução influenciou certamente o seu desenvolvimento enquanto artista, e a música que cria deixa transparecer essa mistura entre sons contemporâneos e um fundo mais folk, num mix apelativo que já lhe permitiu angariar alguns fãs, entre os quais alguns mais conhecidos, como Katy Perry e Lorde. Skott não tem ainda um álbum editado, tendo vindo a lançar singles isolados, dos quais “Glitter & Gloss” é a amostra mais recente.

VÉRITÉ é o nome artístico de Kelsey Byrne, uma jovem americana já com bastante experiência musical, tendo aprendido piano desde tenra idade e começado a participar em pequenos concertos enquanto ainda estava na escola primária. Mais tarde, na adolescência, pertenceu a uma girls’ band punk até ter decidido começar a escrever a sua própria música por volta dos 16 anos. O seu género musical é uma espécie de indie pop cujo processo de criação é descrito pela própria como orgânico, começando com uma melodia e uma ideia lírica sobre as quais constrói o resto da música. VÉRITÉ lançou até hoje três EPs, “Echo”, em 2014, “Sentiment”, em 2015 e “Living”, em 2016. “Phase me out”, a música que integra hoje a playlist, é uma das amostras mais recentes do seu trabalho, que será incluída no seu primeiro álbum completo, “Somewhere in Between”, a ser lançado em junho de 2017.

The Staves são um trio de três irmãs inglesas – Jessica, Camilla e Emily – dedicadas ao folk-rock que, depois de lançarem dois álbuns (“Dead & Born & Grown”, em 2012 e “If I Was”, em 2015”), chegam a 2017 simplesmente cansadas. Ou melhor, “Tired as Fuck”, nas palavras das próprias, o seu single mais recente.

Este é o set de 7 #9.

Os destaques visuais desta semana vão para Perfume Genius, num vídeo ao género dos que já temos vindo a conhecer deste artista, com uma cor, fotografia e produção ao nível de uma ótima curta-metragem, Skott, numa abordagem distinta mas com uma fotografia igualmente impressionante e The Staves, com um vídeo simples que, pela sua simplicidade extrema, acaba por ser quase hipnotizante.

[Perfume Genius – Slip Away]
If you’ll never see ‘em coming
You’ll never have to hide.

 

[Skott – Glitter & Gloss]
We’re a picture-perfect oddity.

 

[The Staves – Tired As Fuck]
Oh, I’m tired as fuck
Nothing no one ever can do to bring me back up.

One comment

Deixa uma resposta