Ainda esta semana vimos Leo Varadkar ser eleito Primeiro-Ministro da Irlanda e agora, poucos dias passados, vemos também a Sérvia a eleger a sua Primeira-Ministra numa dupla-estreia como mulher e lésbica, Ana Brnabic. Este feito ganha forte simbolismo quando falamos de um país marcado por uma mentalidade conservadora e homofóbica e que é candidato à adesão da União Europeia.
“Isto é muito importante num país em que 65% dos cidadãos acreditam que a homossexualidade é uma doença e em que 78% acreditam que a homossexualidade não deve ser manifestada fora de casa”, afirmou o ativista Goran Miletic. “A nomeação de uma lésbica só pode ser uma mensagem positiva”, disse ainda.
A marcha do Orgulho LGBT em Belgrado, por exemplo, esteve proibida durante três anos por questões de segurança, depois de em 2010 membros da organização terem sido atacados por militantes de extrema-direita.
Já Boban Stojanovic, cientista político na Universidade de Belgrado, explicou que “a escolha de um membro da comunidade LGBT para primeiro-ministro será usado como um indicador do estado dos direitos humanos e civis [da Sérvia], e isso não corresponde à realidade”.
Fontes: BBC, Público e Imagem.
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