Janelle Monáe assume-se, ORGULHOSAMENTE, pansexual

10-janelle-tessa-pynk.w600.h315.2x

Ainda não há muito tempo falámos aqui de Janelle Monáe e da força gargantuana que tem demonstrado nos últimos tempos, especialmente aquando do lançamento dos primeiros dois singles de Dirty Computer, o seu terceiro disco de originais. Agora, durante a tour promocional do disco a ser lançado já amanhã, assumiu-se como mulher pansexual em entrevista à Rolling Stone. Os rumores já há muito circulavam e Monáe decidiu esclarecer:

“Sendo uma mulher negra queer na América e alguém que teve relações amorosas com homens e mulheres, considero-me uma cabrona totalmente livre. E quanto mais tarde li sobre pansexualidade pensei ‘Estas são as coisas com as quais eu me identifico‘. Estou mais aberta a falar sobre quem eu sou.”

Janelle Monáe é uma artista  altamente conceptual e desde o início da carreira que apresentou a sua Humanidade como uma fantasia robótica e sem género definido, debatendo-se desde cedo sobre a sua sexualidade e os preconceitos que a travavam de ser totalmente ela, algo que foi surgindo naturalmente na sua arte.

Se ouvirem os meus álbuns está tudo lá“, acrescenta. Um interesse amoroso recorrente, a Mary para a sua Jane, acompanha as suas histórias e no filme que será lançado paralelamente a Dirty Computer, com estreia para hoje na BET e MTV,  e Mary será agora interpretada pela atriz Tessa Thompson, suposta namorada da cantora. E está com esta emancipação pessoal a libertar-se do julgamento que lhe foi sendo dirigido ao longo dos anos, mesmo de pessoas mais próximas, e espera que isso atinga e inspire mais pessoas:

“Muito deste álbum é uma reacção à violência que é ouvir na tua própria família dizer que todas as pessoas gay vão para o inferno. Quero que raparigas, rapazes, pessoas não-binárias, homossexuais, heterossexuais, queer – que estão a ter dificuldades em lidar com a sua sexualidade, com o sentimento de ostracização ou atacadas por serem as suas pessoas únicas – sintam que eu as estou a ver. Este álbum é para vocês. Sintam-se orgulhosas.”

E assim nos sentimos mesmo orgulhosas. E, agora com Janelle Monáe, cada vez menos sozinhas e desamparadas. We got the pynk.


Por Nuno Miguel Gonçalves

I lived once. And then I lived again.

Exit mobile version
%%footer%%