“Marchamos” de Tiago Resende, o filme que dá cor e voz à marcha histórica de Viseu

 

Depois dos ataques homofóbicos sofridos em 2005, surgiu este ano a primeira marcha do Orgulho LGBTI de Viseu que assim ajudou a transformar a ‘capital da homofobia’ com uma tremenda, pioneira e orgulhosa ‘Marcha do Amor’.

Para além de um primeiro vídeo, estreou igualmente esta semana o filme Marchamos. Da autoria de Tiago Resende, este é um filme que pretende transmitir o testemunho “de todas e todos aqueles que participaram na 1.ª Marcha de Viseu“. Esta é, afinal de contas, “uma marcha que ficará na história da cidade” e do país, acrescento.

Vale a pena ler a sinopse do documentário e, de seguida, o próprio onde poderão ver o testemunho de dezenas de pessoas de diferentes quadrantes políticos e sociais que se uniram para ser, por fim, possível celebrar orgulhosamente em Viseu:

Porque Marchamos? Em 2005, ocorreu em Viseu a primeira manifestação nacional contra a homofobia, denominada STOP Homofobia. Na memória, guardam-se os tristes acontecimentos que levaram à organização da mesma. Foram tempos de reacção à violência homofóbica extrema. Em 2018, pessoas com diferentes histórias de vida, orientações e características sexuais, identidades e expressões de género uniram-se pela liberdade no amor e na autodeterminação do género.

No dia 7 de outubro de 2018, realizou-se em Viseu a 1.ª Marcha Pelos Direitos LGBTI+, tendo participado nela mais de 20 organizações locais, para além das de Vila Real, Bragança, Coimbra, Porto e Lisboa. Marchou-se pelo presente e pelo futuro, unindo, desta forma, a vontade de quem é pró-activo na defesa dos direitos básicos do ser humano e na tentativa de eliminar a violência e a exclusão. Mais de mil pessoas Marcharam em Viseu. A Câmara Municipal de Viseu ignorou a Marcha ao não ter participado nela e recusou participar neste filme. Este documentário tenta passar o testemunho de todas e todos aqueles que participaram na 1.ª Marcha de Viseu, uma marcha que ficará na história da cidade.

 

Imagem destaque: Detalhe Youtube.

Por Pedro Carreira

Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon: @pedrojdoc

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