Madonna distinguida com pioneiro Advocate for Change Award

Madonna sempre foi e sempre será a maior aliada da comunidade LGBTQ.

A GLAAD anunciou que o ícone pop e defensor dos direitos LGBT de longa data, Madonna, será homenageado com o pioneiro Advocate for Change Award. Esta é uma distinção rara, tendo sido entregue apenas uma vez ao ex-presidente norte-americano Bill Clinton em 2013 pelo seu trabalho na defesa da igualdade do acesso ao casamento por pessoas do mesmo género.

Desde a crise do VIH até às questões internacionais LGBTQ, ela tem lutado sem medo por um mundo onde as pessoas LGBTQ são aceites”, disse a presidente e CEO da GLAAD, Sarah Kate Ellis. A sua música e arte têm sido uma forma de salvar vidas para pessoas LGBTQ ao longo dos anos e suas palavras e ações afirmativas mudaram inúmeros corações e mentes.

O apoio de Madonna à comunidade LGBT começou no início de sua carreira durante a crise do VIH/SIDA na década de 1980. Ela apresentou-se em concertos beneficentes de luta contra o VIH/SIDA, criou uma maratona de dança beneficente, falou e exigiu ação numa época em que a epidemia era muitas vezes invisível nos meios de comunicação. Madonna também incluiu um folheto no seu álbum Like a Prayer (1989), intitulado “The Facts about AIDS” [Factos sobre a SIDA], no qual ela deu a fãs informações cruciais sobre a doença. Mais recentemente, Madonna continuou a usar sua plataforma para apoiar a comunidade LGBTQ, falando contra as leis, políticas e práticas anti-LGBTQ. Madonna manifestou-se igualmente a favor da igualdade LGBT na Roménia, Malaui, Rússia, entre outros, enquanto continua a defender a igualdade nos Estados Unidos. Falou contra o bullying de jovens LGBTQ e o suicídio de jovens LGBT. Em 2013, ao apresentar Anderson Cooper com o Prémio Vito Russo no 24º GLAAD Media Awards, vestiu-se como um escoteiro em protesto à proibição de pessoas LGBTQ nos Boy Scouts of America.

Na última véspera de Ano Novo, Madonna fez uma apresentação surpresa no Stonewall Inn, um local histórico para os direitos LGBTQ, para celebrar o aniversário do espaço e de: “cinquenta anos de revolução“. Madonna também participou em ativismo interseccional, discursando na primeira Marcha das Mulheres em Washington pela igualdade das mulheres e pronunciando-se contra a política de detenção de crianças de Trump. Ao responder à prisão de dois homens que haviam sido presos no Malaui por se casarem, Madonna divulgou uma declaração que resume completamente o seu compromisso e apoio à comunidade LGBTQ, escrevendo: “Por uma questão de princípio, eu acredito em direitos iguais para todas as pessoas, independentemente do seu sexo, raça, cor, religião ou orientação sexual. Esta semana, o Malaui sofreu um enorme retrocesso. O mundo está cheio de dor e sofrimento, como tal devemos apoiar o Direito Humano mais básico que é amar e ser-se amad@.

Fonte: GLAAD.

Por Pedro Carreira

Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon/Bluesky: @pedrojdoc

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