Bolsonaro recusa Brasil como “paraíso gay” e pelo caminho ‘veta’ campanha de banco

Brasil não pode ficar conhecido como paraíso gay, mas quem quiser vir fazer sexo com mulher, fique à vontade.

Foi com estas impressionantes palavras que o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro falou a jornalistas naquilo que pode ser visto como uma continuação da sua inegável homofobia. Este é, afinal de contas, um homem que seria incapaz de amar um filho homossexual“, preferindo “que ele morra. Dúvidas houvesse, fica assim mais claro porque Portugal precisa ser um refúgio para pessoas LGBTI vindas do Brasil.

Estas declarações não escondem também a visão machista que Bolsonaro tem sobre as mulheres, aqui meros produtos do desejo masculino, mercadoria para quem visitar o Brasil e pretender ter sexo com elas, à vontade.

Todo este sentimento odioso ficou igualmente espelhado na recomendação de Bolsonaro de retirar do ar uma campanha publicitária do Banco do Brasil que levou, inclusive, o diretor de Marketing do banco, Delano Valentim, a ser afastado do cargo. O anúncio era dirigido a um público jovem que representava a diversidade racial e sexual, mas, aparentemente, faltavam “outros perfis”, segundo justificação do banco que assim acompanha a recomendação do presidente.

A preocupação das minorias no Brasil permanece crescente, com ataques constantes vindos do mais alto cargo político do país, legitimando assim qualquer sentimento homofóbico, transfóbico ou machista. Esta perseguição moralista precisa acabar, porque o Brasil merece melhor, muito melhor que isto.

Fontes: DN e TSF.

Por Pedro Carreira

Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon/Bluesky: @pedrojdoc

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