Hollywood: Cinema sem representatividade trans em 2018

Filmes como “Bohemian Rhapsody”, “Love, Simon” e “Deadpool 2” ajudaram a aumentar o número de personagens gays e bissexuais em filmes de Hollywood no ano passado. Mas um estudo realizado pela GLAAD descobriu que as personagens trans estiveram totalmente ausentes dos filmes lançados em 2018 pelo segundo ano consecutivo.

O relatório da GLAAD descobriu que dos 110 lançamentos dos sete maiores estúdios de Hollywood 20 incluíram personagens LGBTQ. Este número marcou um aumento em relação a 2017 e a segunda maior percentagem de filmes inclusivos na história de sete anos do relatório anual da GLAAD.

No entanto, mais da metade das personagens LGBTQ tiveram menos de 3 minutos de tempo de presença no ecrã e também não houve nenhum filme animado ou familiar que incluísse uma personagem LGBTQ.

Bohemian Rhapsody, que rendeu a Rami Malek o Oscar de melhor ator pelo seu desempenho como o falecido vocalista dos Queen, Freddie Mercury; Deadpool 2, com personagens LGBTI num filme de super-heróis e heroínas; e a comédia adolescente Blockers, com uma adolescente que se apaixona por outra, foram todos sucessos de bilheteira no ano passado.

Os próximos filmes que serão lançados incluem o filme biográfico musical “Rocketman”, sobre o ícone gay Elton John, e a comédia “Booksmart”, que tem uma personagem principal lésbica.

No entanto, o relatório da GLAAD adianta que a indústria cinematográfica fica atrás da televisão, que no ano passado transmitiu programas como “Pose”, sobre a cultura drag dos anos 1980 em Nova Iorque, e “Supergirl”, que tem uma super-heroína trans.

O relatório também expressou “preocupação real” sobre a aquisição da Disney no início deste ano à 21st Century Fox, particularmente porque nenhum dos 10 filmes lançados pela Disney em 2018 tinha personagens LGBT. A Fox 2000 Pictures, produtora do aclamado romance gay teen “Love, Simon”, será encerrada pela Disney no final do corrente ano.

Os estúdios podem hesitar em investir em novos tipos de conteúdo, e as decisões sobre o que recebe luz verde e quem está envolvido são feitas por grupos menores de pessoas“, explicou Sarah Kate Ellis, diretora executiva da GLAAD.

Fontes: Huffpost e Imagem.