Um vídeo promocional publicado pela agência de segurança estatal da Arábia Saudita classifica feminismo, homossexualidade e ateísmo como ideias extremistas, mesmo quando o reino muçulmano conservador procura promover a tolerância e atrair pessoas e investimento estrangeiros.
O vídeo publicado no Twitter no passado fim de semana por uma conta verificada da Presidência de Segurança do Estado dizia que “todas as formas de extremismo e perversão são inaceitáveis“. Lembrava igualmente que “o excesso de qualquer coisa em detrimento da pátria é considerado extremismo.“
Como parte dos planos de abrir a sociedade e atrair investimentos estrangeiros para transformar a economia dependente de petróleo da Arábia Saudita, o príncipe Mohammed bin Salman tem feito campanha por uma visão mais moderada do Islão e promoveu o sentimento nacionalista.
Ele aligeirou as restrições sociais, lançou um visto de turista e Riyadh adotou um sistema de tutela que atribui a cada mulher um parente masculino… para aprovar decisões importantes das mulheres à escala nacional.
As autoridades também reprimiram qualquer indício de dissidência, prendendo dezenas de pessoas críticas, incluindo religiosas, intelectuais e ativistas.
Quase uma dúzia de feministas foram detidas semanas antes do amplamente noticiado fim da proibição de mulheres poderem conduzir, lançando assim a ideia de que a reforma aconteceria, apenas e unicamente, por iniciativa do governo.
Segundo a lei saudita, grupos de apoio classificados como organizações extremistas podem levar à prisão. A homossexualidade e o ateísmo são ilegais e puníveis com a morte na monarquia absoluta, onde protestos públicos e partidos políticos são proibidos e os meios de comunicação são rigidamente controlados.
Fonte: Reuters.
2 comentários