Star Wars: Disney retira beijo lésbico em Singapura e no Dubai

Aquele que foi o primeiro beijo entre pessoas do mesmo género da saga “Star Wars” está a ser retirado das versões em exibição em Singapura e no Dubai com receio de que o filme “A Ascenção De Skywalker” passasse para maiores de 18 anos.

Para o final da trilogia Star Wars Skywalker, J. J. Abrams, realizador, achou que era hora de dar palco à representação de personagens LGBTI, mas a verdade é que, além de o beijo ser dado por figurantes que nunca chegamos a conhecer sequer os seus nomes, a cena rápida está, ainda assim, a ser retirada em alguns países com receio de ver o seu público restrito a maiores de 18 anos, leia-se, com medo de perder lucros (‘perder’, como quem diz, porque o filme já fez 500 milhões de dólares só na primeira semana de exibição nas bilheteiras).

No caso da população LGBTI, é importante para mim que as pessoas que assistem a este filme sintam que são representadas no filme“, disse Abrams. Desde que não interfira com o dinheiro, respondeu a Disney *cough cough*

Em Singapura, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é ilegal e o sexo entre homens é um crime que acarreta uma pena de até dois anos de prisão. A lei, curiosamente, não diz nada sobre sexo entre mulheres, numa clara projeção de invisibilidade e anulação da sexualidade feminina.

As diretrizes de censura de Singapura afirmam que os filmes que contenham temas ou conteúdo LGBTI secundário podem ser restringidos a espectadores com mais de 18 anos de idade, enquanto filmes focados primeiramente na homossexualidade podem ser classificados como sendo para público acima dos 21 anos.

Esta é assim uma oportunidade perdida, em que a visibilidade existe para garantir o mínimo dos mínimos e os princípios de uma corporação são defendidos apenas enquanto o dólar entra nos bolsos da gigante Disney.


Este tema foi igualmente tratado no Podcast Dar Voz A esQrever pelo Nuno Gonçalves, oiçam:


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