Ministro da Saúde israelita, homofóbico, testou positivo para a COVID-19

Yaakov Litzman, de 71 anos, foi acusado de violar as diretrizes de seu próprio ministério sobre distanciamento social, a fim de continuar a participar em cultos de oração.

Além de Ministro da Saúde de Israel, Litzman também lidera o partido ultra-ortodoxo do Judaísmo da Torá Unida e testemunhas disseram que ele foi visto a rezar em casa de outro membro da sua igreja três dias após a proibição dos serviços internos.

As diretrizes de seu próprio departamento tornaram-se mais rigorosas, proibindo os serviços de oração, mas Litzman foi visto mais tarde a participar num desses serviços numa sinagoga perto da sua casa.

Ele e sua esposa, Chava, contraíram o COVID-19 e, como resultado de um contato recente com ele, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu e vários outros altos funcionários do governo foram forçados a auto-isolarem-se por 15 dias.

Numa altura em que vários líderes mundiais contestam a evidência científica e as indicações dadas pela Organização Mundial da Saúde no combate à pandemia que assola o mundo, nomeadamente o Presidente Brasileiro Jair Bolsonaro, que também se filmou numa oração conjunta abraçado a outros colegas, importa que seja dado o exemplo. Seguir as estratégias de afastamento social e de higiene é, por isso, essencial para termos a hipótese de ultrapassar esta tremenda crise da melhor forma possível. As pessoas têm direito a praticar a sua fé e espiritualidade, mas terão que o fazer neste momento sozinhas. E se pelo caminho deixarem de proferir acusações bacocas e homofóbicas seria mesmo de louvar!

Nota: Uma versão anterior deste artigo referia imprecisões sobre Yaakov Litzman, culpando a pandemia de coronavírus pela homossexualidade, quando as mesmas foram proferidas pelo rabi ultra-ortodoxo Meir Mazuz. As nossas desculpas.


3 comentários

Deixa uma respostaCancel reply

Exit mobile version
%%footer%%