Polónia: 48 pessoas detidas em manifestação contra prisão de ativista trans Margot Szutowicz

Na passada sexta-feira, dia 7 de agosto, 48 pessoas foram detidas pela polícia polaca ao se manifestarem contra a prisão da ativista trans Margot Szutowicz, do coletivo Stop Bzdurom. Szutowicz foi considerada culpada de desobediência civil depois dela e do seu grupo pendurarem bandeiras LGBTI e rasgarem com facas pneus de veículos de propaganda LGBTIfóbica.

Tudo isto aconteceu em reação à eleição de Andrzej Duda para um segundo termo, continuando assim a perseguição contínua às pessoas LGBTI por parte da extrema-direita conservadora num país pertencente à União Europeia. Recentemente a Comissão Europeia negou fundos para as regiões polacas demarcadas pelo Governo como “Livres de LGBT”.

Os protestos pelo mandado de detenção de Margot começaram pelas 4 da tarde em Varsóvia e três horas mais tarde Margot deixou-se apreender e, quando, alguns manifestantes começaram a dispersar, a polícia conduziu um carro pela multidão e começou a apreender todas as pessoas que continuavam a protestar.

Novamente, estamos em 2020. Num país europeu que, com fundos europeus até recentemente, teve capacidade de promover oficialmente a ideologia anti-LGBTI junto da sua população. O corte de recursos económicos pode ser deveras problemático para pessoas LGBTI nestas regiões demarcadas como anti-LGBTI, tornando assim as suas vidas ainda mais difíceis e isoladas. É altura, aliás já é bastante tarde, da União Europeia ter uma voz comum no combate em uníssono a estes ataques aos direitos humanos juntos dos seus líderes e fazer perceber junto da direita ultra-conservadora que tais posições não são aceites. Porque de momento, continuam a ser.

Fonte: PinkNews


Por Nuno Miguel Gonçalves

I lived once. And then I lived again.

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