
Na madrugada de dia 4 de novembro era já óbvio: a onda azul que se ansiava nos Estados Unidos da América não chegou e os estados conservadores assim o continuaram e com a Florida a tender sem dúvidas nenhumas para Trump e o partido Republicano, a hipótese de Joe Biden ser declarado presidente na noite de eleições tornava-se impossível.
Mas uma outra onda teve lugar, a onda arco-íris, com um número sem precedentes de pessoas LGBTI a serem eleitas para cargos superiores da legislatura americana. Pelo menos 13 desses 600 cargos foram atribuídos então a pessoas LGBTI, um gigantesco passo em frente na procura da representação em cargos políticos e nas mais altas esferas do governo local.
A reeleita aliada Alexandria Ocasio-Cortez na Câmara de Representantes acolheu uma série de eleições históricas: Richie Torres e Mondaire Jones tornaram-se nos primeiros homens negros gay e Michele Rayner-Goolsby a primeira mulher negra queer a se tornarem congressionistas. No caso dos senados estaduais, Shevrin Jones tornou-se na primeira pessoa LGBTI a ser eleita na Florida e Kim Jackson o equivalente no estado da Georgia. Mas a mais histórica de todas as vitórias foi a de Sarah McBride (na foto), ativista dos direitos trans e da Human Rights Campaign, tendo-se tornado na primeira pessoa trans a ser eleita para um senado estadual de sempre, no caso dela no Delaware.
São apenas alguns exemplos das mudancas que tardam a acontecer mas lentamente permeiam a sociedade civil e vemos assim uma maior representação das pessoas LGBTI em cargos de poder político e social nos Estados Unidos da América, ainda um exemplo para Portugal onde a representação equivalente tarda a chegar em forca.
Fonte: PinkNews
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