Decerto que ninguém ficou indiferente à inauguração de Joe Biden enquanto 46° presidente dos Estados Unidos da América. Principalmente porque marca o final de uma era negra do país sobre a alçada de Trump e da emergência da supremacia branca que promoveu. Por isso não deixa de ser significativo que nos primeiros minutos da sua presidência Joe Biden tenha logo assinado 17 ordens executivas a combater as políticas destrutivas do seu antecessor, nomeadamente em relação às alterações climáticas e às tensões raciais.
E entre esses documentos Biden também procurou iniciar a reversão dos danos causados pela administração Trump junto da comunidade LGBTI assinando a ordem executiva para a “Prevenção e Combate à Discriminação baseada na Identidade de Género ou Orientação Sexual“. A mesma expande a decisão do Supremo Tribunal de 2020 e procura garantir a proteção federal de pessoas LGBTI em contexto laboral.
Um passo para reverter os múltiplos ataques à comunidade LGBTI nos últimos 4 anos, principalmente a pessoas trans. Não deixa também de ser significativo que Biden tenha escolhido a Dra. Rachel Levine, a médica trans que ajudou a disseminar as medidas de contenção da COVID-19 no estado da Pennsylvania, para Secretária Auxiliar da Saúde. É a primeira vez que uma pessoa trans se torna numa oficial do estado federal norte-americano, confirmada pelo Senado. E numa pasta tão vital para as pessoas trans como a da saúde, fica a promessa que os direitos trans no acesso à mesma estejam na primeira linha do seu mandato.
Com Biden e a vice-presidente Kamala Harris na dianteira da administração e ambas as câmaras do congresso dominadas pelos democratas, podemos ter esperança que os próximos 4 anos sejam pioneiros na defesa das pessoas LGBTI.
Fonte: PinkNews
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