Drag Race UK: Ginny Lemon e Bimini Bon Boulash falam sobre não-binarismo: “Não é uma coisa nova, é apenas um termo novo”

Fãs de RuPaul’s Drag Race UK elogiaram Ginny Lemon e Bimini Bon Boulash pela sua conversa sobre serem pessoas não-binárias na televisão pública britânica.

Ginny começou por explicar a razão por que usa sempre a cor amarela como forma de emancipação e de positividade, mas porque é a cor não-binária.” Confessou depois que sempre lutou com a sua identidade quando questionada sobre a forma como se identificava.

Durante anos e anos eu simplesmente não sabia o que era. Eu não sabia se era rapaz ou rapariga, eu simplesmente não sabia, e é por isso que usar amarelo porque não diz nada – não me define como nada.

Tendo dito a RuPaul que nem sempre se sentia confortável a vestir-se em drag considerado feminino, Ginny admitiu que o assunto pode ser “emocional” quando nem toda a gente o entende. Bimini aproveitou o momento para deixar claro: “O não-binárismo não é uma coisa nova, é apenas um termo novo. É basicamente alguém que não se sente masculino ou feminino, que flutua entre os dois.

Como seres humanos, somos tão complexos que ter um binário para encaixar todas as pessoas num modelo apenas masculino ou feminino não faz sentido quando há mais de sete mil milhões de pessoas no mundo”, explicou Bimini.

Ginny confessou que, tendo tido uma educação “muito difícil”, nunca tive o apoio para explorar a sua identidade sem se sentir como uma “aberração”.

Eu e os meus irmãos sobrevivemos. Nunca vivemos, mas sim sobrevivemos”, continuou. “Todos os dias da minha vida, cresci a pensar que era feia e estúpida, nunca tive a possibilidade de explorar mais nada. Desde que me retirei do meu núcleo familiar, consegui encontrar-me e aceitar-me pelo que sou.

E continuou: “Toda a minha vida nunca me senti confortável no meu corpo. Suprimi-o durante anos e o drag é o meu escape. Encontrei mais sucesso como mulher do que jamais tive como homem e, no entanto, percebi que não era nenhuma dessas coisas.

Ginny ficou mais aliviada quando entendeu que havia toda uma comunidade não-binária em que se podia rever, mas o caminho do amor-próprio, confessa, “é o mais longo e difícil – e eu ainda não estou lá.

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