Igreja da Escócia aprovou o casamento entre pessoas do mesmo género e removeu as palavras “marido” e “mulher”

Pormenor de fotografia por Megan McEachern.

Membros da Assembleia Geral de Edimburgo, na Escócia, votaram para mudar a lei do casamento da igreja após anos de campanha. Com esta votação, casais do mesmo género poderão casar-se na igreja.

Ministros e diáconos poderão inscrever-se para se tornarem celebrantes do casamento entre pessoas do mesmo género, mas não serão forçados a participar.

A mudança também retirou as palavras “marido” e “mulher” da Lei de Reconhecimento de Serviços de Casamento, de 1977. Agora, a legislação afirma: 

A solenização do casamento na Igreja da Escócia é realizada por um ministro ou diácono ordenado numa cerimónia religiosa em que, diante de Deus, e na presença do ministro ou diácono e pelo menos duas testemunhas competentes, as partes se comprometem a tomar uma à outra em casamento enquanto ambas viverem, e o ministro ou diácono declara que as partes estão casadas.

O reverendo Iain Greenshields, moderador da Assembleia Geral, disse: “A Igreja da Escócia é uma igreja ampla e há diversas opiniões sobre o assunto do casamento entre pessoas do mesmo género entre os seus membros. Houve uma longa e profunda discussão sobre este tópico por muitos anos em todos os níveis da Igreja para encontrar uma solução que respeite a diversidade e valorize as crenças de todas as pessoas. A Igreja está comprometida em garantir que os debates sobre este assunto sejam realizados num espírito de humildade e graça, que o tom e o teor das discussões sejam civis e as pessoas respeitem aquelas que têm pontos de vista opostos.”

Palavras de celebração vindas do interior da Igreja da Escócia

Antes da votação desta semana, membros da assembleia expressaram uma série de opiniões sobre a mudança como o reverendo Scott Rennie, que em 2009 se tornou o primeiro clérigo assumidamente gay da Igreja da Escócia a ter a sua nomeação aprovada – apesar dos protestos de algumas seções do Kirk. Ele não conseguiu casar-se com o marido numa cerimónia religiosa como gostaria. Disse à Assembleia Geral: “Espero sinceramente que a assembleia se encontre em si mesma para apoiar a libertação, mesmo quem tem as suas dúvidas“. E continuou: “Quero dizer que o casamento é uma coisa maravilhosa. O meu casamento com meu marido Dave alimenta a minha vida e o meu ministério. Francamente, não poderia ser um ministro sem o seu amor e apoio. É basicamente o mesmo que o casamento entre pessoas de género oposto, nas suas alegrias e glórias.”

A reverendo Susan Cord anunciou que já se inscreveu para tornar-se uma celebrante de casamentos entre pessoas do mesmo género na Escócia. “Fazemos uma escolha com base no que a escritura nos diz. Haverá colegas que decidirão não realizar essas cerimónias e respeitarei essa decisão Mas para mim é sobre a escolha e se um casal, independentemente do género, seja um homem e um homem, uma mulher e uma mulher ou um homem e uma mulher, se ama e quer mostrar compromisso, eu quero ajudá-lo a atingi-lo. As pessoas terão adiado casar-se em parcerias civis por pertencerem à Igreja da Escócia e queriam esperar para se casar na sua própria igreja.

No ano passado, a Igreja Metodista tornou-se na maior denominação religiosa do Reino Unido a permitir casamentos entre pessoas do mesmo género. No entanto, ainda não são permitidos na Igreja da Inglaterra ou na Igreja Católica Romana.

1 comentário

  1. Boa Tarde! Convém lembrar que a Igreja “oficial” da Escócia não é Católica.
    Isto só para esclarecer devidamente aqueles que são católicos.
    Não se iludam, porque para quem é católico, a cultura Gay é assunto muito grave… Não quero discriminar muito menos julgar ninguém mas sim informar. Não há verdadeira Caridade Cristã sem A Verdade Absoluta que é A de Jesus. Aliás a única Verdade…
    Podem discordar, ou não…Um dia verão que estão errados. Deus queira que não seja tarde demais…

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