
Tom Daley mostrou o seu apoio às pessoas LGBTI+ que vivem em países que ainda criminalizam a homossexualidade durante a cerimónia de abertura dos Jogos da Commonwealth de 2022 em Birmingham na passada quinta-feira.
Entrando no Alexander Stadium, em Birmingham, carregando o bastão da Rainha e ao lado de várias pessoas ativistas de alguns dos 35 países que continuam a punir as relações entre pessoas do mesmo sexo, Daley e ativistas carregaram bandeiras do Orgulho do Progresso (acima).
Com ele estavam seis ativistas, incluindo o ativista nigeriano Bisi Alimi, diretor executivo da instituição de caridade jamaicana de direitos LGBTQ+ J-Flag Glenroy Murray, a primeira atleta abertamente queer da seleção indiana Dutee Chand, a ativista zimbabuense Moud Goba, Prossy Kakooza da Micro Rainbow e Jason Jones, defensor LGBTQ+ de Trindade e Tobago que lutou com sucesso para descriminalizar relações sexuais consensuais entre pessoas adultas do mesmo sexo no país em 2018.
“Em mais da metade dos países da Commonwealth, a homossexualidade ainda é um crime e em 3 desses países a pena máxima é a sentença de morte. Essas leis são um legado do colonialismo”, disse Tom Daley. “Esta cerimónia de abertura para nós é sobre mostrar visibilidade LGBTQ+ para os milhares de milhões de pessoas que estão a assistir.”
“Experienciei homofobia toda a minha vida, competindo em países onde é ilegal ser eu mesmo e onde não me sinto seguro para deixar o local em que estou a competir”, disse Tom Daley.
“Se eu me sinto assim como um homem privilegiado, não consigo imaginar como é o dia-a-dia das pessoas LGBTQ+ em toda a Commonwealth. Então, junto com algumas dessas pessoas inspiradoras, estamos a trabalhar numa campanha. Queremos que seja algo que realmente faça a diferença”, rematou o atleta detalhado olímpico.
Documentário ‘Tom Daley: Illegal to be Me’ irá estrear na BBC
A BBC anunciou que Daley irá liderar um novo documentário, “Tom Daley: Illegal to be Me“, que verá o atleta britânico a viajar para países da Commonwealth que criminalizam relações entre pessoas do mesmo sexo e onde irá reunir com pessoas para discutir o que pode ser feito para mudar essas leis.
Para o documentário, Daley visita o Paquistão, onde a homossexualidade acarreta a pena máxima de morte por apedrejamento, bem como a Jamaica, onde a punição é de 10 anos de prisão com trabalhos forçados.
Atletas que aparecem no documentário incluem Michael Gunning, o único atleta abertamente gay da seleção jamaicana; a primeiro atleta abertamente queer da Índia, Dutee Chand; e ainda Theresa Goh e Amini Fonua, da natação e que são vozes ativas pelos dos direitos LGBTQ+ em Singapura e Tonga.
O documentário “Tom Daley: Illegal to be Me” estreia a 9 de agosto.