O Primeiro Ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, anunciou o fim da Seção 377A, a lei do país que criminaliza a homossexualidade e foi introduzida na década de 1930 sob o domínio colonial britânico. Ativistas saudaram o anúncio como “uma vitória para a humanidade“.
A cidade-estado é conhecida pelos seus valores conservadores, mas nos últimos anos um número crescente de pessoas pediu que a lei 377A da era colonial fosse abolida. Singapura é assim o mais recente lugar na Ásia a promover os direitos LGBTI+, depois da Índia, Taiwan e Tailândia.
A posição anterior do governo era manter o 377A – que proíbe a homossexualidade – mas também prometeu não fazer cumprir a lei num esforço para apaziguar ambos os lados, mas neste domingo o Primeiro Ministro de Singapura disse que iria aboliri a lei, pois acreditava que “esta é a coisa certa a ser feita e algo que a maioria da população aceitará“.
“Finalmente conseguimos, e estamos em êxtase que essa lei discriminatória e antiquada finalmente estará fora dos registos. Há a sensação de que levou demasiado tempo, mas tinha que acontecer Hoje estamos muito, muito felizes“, disse o ativista Johnson Ong.
Uma coligação de grupos pelos direitos das pessoas LGBTI+ apelidou o momento de uma “vitória duramente conquistada e um triunfo do amor sobre o medo“, acrescentando que foi o primeiro passo em direção à plena igualdade.
O Governo de Singapura anunciou também reforço do conceito do casamento como sendo apenas entre homem e mulher
Mas também expressou preocupação com outro anúncio que Lee fez no mesmo discurso, uma vez que disse que o governo de Singapura garantiria uma melhor proteção legal para a definição de casamento como sendo entre um homem e uma mulher. Isso efetivamente tornará mais difícil que o igual acesso ao casamento seja legalizado.
Ainda em 2019 a Disney retirou o primeiro beijo entre pessoas do mesmo género da saga “Star Wars” das versões em exibidas em Singapura.
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