Qatar: Homossexualidade é um “distúrbio mental”, diz embaixador do Mundial de Futebol Masculino

Khalid Salman, antigo futebolista e embaixador do Mundial de Futebol Masculino de 2022 referiu em entrevista que a homossexualidade é um “problema de saúde mental”. O antigo internacional referiu que não é um “muçulmano conservador”, mas lembrou que a homossexualidade é ilegal naquele país asiático.

Relativamente aos homossexuais, o mais importante é aceitar que todos venham, mas terão de aceitar as nossas regras. A homossexualidade é proibida [haram] aqui”, referiu. O embaixador do Mundial de Futebol foi depois questionado por jornalista da televisão alemã ZDF sobre o motivo pelo qual é proibida. “A homossexualidade é um problema de saúde mental“, foi a sua resposta. Nesse momento, a entrevista foi suspensa.

Recordamos que a 17 de maio de 1990, a Organização Mundial de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. A data que passou a celebrar o Dia Internacional contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.

Recordamos também que, no ano seguinte, a Amnistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.

Recordamos, por fim, que passaram mais de 3 décadas desde estes dois marcos na luta pelos direitos das pessoas LGBTI+. Parece que as autoridades do Qatar, com o selo da FIFA, não receberam o lembrete. Aliás, o país continua ativamente a perseguir a sua população LGBTI+.

Gianni Infantino, presidente da FIFA, afirmou que “todos serão bem-vindos, independentemente da sua origem, formação, religião, género, orientação sexual ou nacionalidade” e acredita que o evento poderá ser “o melhor de sempre, dentro e fora do campo“.

O Qatar, país onde a homossexualidade é crime, recebe o Mundial de Futebol Masculino entre 20 de novembro e 18 de dezembro.

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