Porto: Criação de “Casa Gisberta” chumbada com votos contra do Movimento de Rui Moreira e extrema-direita

Porto: Criação de “Casa Gisberta” chumbada com votos contra do Movimento de Rui Moreira e extrema-direita
Gisberta Salce Júnior

A criação de “Casa Gisberta” na cidade do Porto foi esta semana chumbada com os 17 votos contra do Movimento de Rui Moreira e da extrema-direita. A proposta contou com 16 votos favoráveis, mas insuficientes, do PS, CDU, PAN e Bloco de Esquerda. Já o PSD e a Iniciativa Liberal abstiveram-se, tal como 4 pessoas deputadas do grupo municipal do autarca da Invicta. 

A proposta do PAN, inscrita no Orçamento do Estado 2023, para a criação de espaços de acompanhamento e intervenção direta para pessoas LGBTI, vítimas de violência doméstica e/ou de violência de género, foi assim chumbada esta semana em Assembleia Municipal. 

A inscrição da Casa Gisberta no OE 2023 “significa, igualmente, uma homenagem a Gisberta Salce Júnior. Ela que para a cidade do Porto, bem como para o restante país, se tornou uma referência na luta pelos direitos LGBTI. Isto no compromisso com o combate à homofobia, à transfobia e para com a erradicação da violência e do discurso de ódio“, segundo o documento de apresentação da proposta pelo PAN.

Gisberta Salce Júnior, mulher trans, imigrante brasileira, abalou a cidade do Porto e despertou a atenção do país no ano de 2006. Vítima de várias agressões por parte de 14 rapazes, acabou por ser assassinada. Foi encontrada no fundo de um poço, num edifício abandonado no Porto conhecido como “Pão de Açúcar”. 15 anos depois a violência de que a Gisberta foi alvo, a transfobia continua presente nas ruas do Porto.

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