A presunção da heterossexualidade de um desconhecido ou de alguém que, na realidade, não somos próximos é algo que nos obriga a silêncios e respostas vagas. São aqueles instantes em que nos obrigam a tomar uma decisão, contamos ou não? Corrigimos ou não? São esses momentos que nos fazem criar fantasmas, nascem ali versões de… Continue a ler Presunção De Inocência
Categoria: Prosa
Somos mesmo anti-naturais, doentes e imorais? – um mini-manual de contra-respostas
Demorei uns dias a digerir os comentários e as reacções às infames capas da revista Cristina. Não me chocou o conteúdo dos comentários, porque não é algo que nunca tivesse ouvido, mas chocou-me o número de pessoas que os partilham. Pessoas com sorrisos simpáticos no Facebook a desejar que eu, aliás, que nós, morrêssemos, emigrássemos… Continue a ler Somos mesmo anti-naturais, doentes e imorais? – um mini-manual de contra-respostas
Vamos falar de privilégio?
Sou um homem cis branco europeu e fruto de uma família de classe média. Tive o privilégio de poder ambicionar a uma formação superior sem preocupações graves de índole económica e de não ter sentido que o meu estatuto socioeconómico, etnia ou expressão de género fossem impeditivos de um futuro num mercado de trabalho competitivo… Continue a ler Vamos falar de privilégio?
Sexo – direito ou dever?
Sexo. Quase omnipresente nas nossas vidas, é algo que nos move de uma forma inata. Mesmo quem não sofre da sua influência reconhece, certamente, que o sexo move indústrias bilionárias, determina o início e o fim de muitas relações e está intimamente ligado a muitas revoluções culturais, nomeadamente na reivindicação dos direitos das mulheres e… Continue a ler Sexo – direito ou dever?
Quem tem medo do Dia do Pai?
Quando era miúdo perguntava-me porque é que havia Dia do Pai e Dia da Mãe, mas não havia dia do Homem. Coisas de criança… Vida de pai não é fácil: assim que a Criança nasce a ligação desta com a Mãe é a mais forte, e o pai é relegado para um canto. Por mais… Continue a ler Quem tem medo do Dia do Pai?
O dia e a noite…
Era dia, mas eu queria ser como a noite. Era noite, mas eu queria ser como o dia. Existiam dias tais que queria ser como o pôr do sol ou, até mesmo como o nascer do sol. As cores fazem-me deslumbrar uma vida de continuidades, dia e noite, permanente. Era dia, mas eu queria ser… Continue a ler O dia e a noite…
Não Voltas A Falar Assim Comigo (mulher)
O soco que ele me deu varreu-me a cara como se tropeçasse em cheio no mais fundo poço de um pântano de pedras. Durante o tempo em que o meu corpo tombou não fui eu, perdi-me na queda, no vazio, no eco, no chão. Os ossos da sua mão direita a embaterem nos da minha… Continue a ler Não Voltas A Falar Assim Comigo (mulher)
Entre o gosto, o nojo e o ódio: uma perspectiva pessoal
“Quem o gosta, o louve, e quem não o gosta, o mofe.” “Quem gosta, come; e quem não gosta, come menos.” ou, simplesmente, “Gostos não se discutem.” Assim diz a nossa sabedoria popular. Mas será assim tão simples delimitar o gosto do nojo e do ódio? Os gostos devem mesmo estar isentos de uma… Continue a ler Entre o gosto, o nojo e o ódio: uma perspectiva pessoal
Texto: Existi Em Ti
Tenho saudades de ser jovem. De viver sem o teu peso amarrado, criado de memórias que se prendem nesta terra me abrandam o passo e me impedem de ser. Para quem nunca teve, ter ultrapassa o querer. É intrínseco ao ser, é a inércia com que luto ao pertencer. Tenho saudades de me conhecer sem… Continue a ler Texto: Existi Em Ti
Numa aldeia global, ficar no armário é por preguiça ou segurança?
Agora que estão na moda os exercícios de matemática virais, vamos tentar resolver o seguinte: Imaginem que estão numa conferência/encontro/reunião/curso internacional durante uma semana. Estão fechados numa sala no meio do nada com os restantes participantes cerca de 10h por dia, sendo que tomam o pequeno-almoço, lancham, almoçam e jantam sempre juntos. Qual é a… Continue a ler Numa aldeia global, ficar no armário é por preguiça ou segurança?