Por que nós, homens cis gays, precisamos parar de chamar às vaginas de nojentas

Não é raro encontrar em conversas – bem animadas, tenho que o confessar – referências a como as vaginas são “nojentas“, simulação de vómito incluída. A risada é generalizada e a conversa prossegue o seu percurso naturalmente. Isto acontece porque homens cis gays dizem-no repetidas vezes, ainda que através do humor, ainda que influenciados pelo… Continue a ler Por que nós, homens cis gays, precisamos parar de chamar às vaginas de nojentas

“Mate o homem. Mate o branco. Mate o amor”: como Linn da Quebrada virou o meu Mundinho do avesso

Sinto que há pouco menos de um mês vivia debaixo de uma pedra. Figurativa e bem menor do que a de há cinco anos quando enveredei pelo caminho do ativismo e microscópica comparativamente à de há dez anos quando estava profundamente armariado. Mas nestes caminhos da luta pelos direitos e pela igualdade caímos muitas vezes… Continue a ler “Mate o homem. Mate o branco. Mate o amor”: como Linn da Quebrada virou o meu Mundinho do avesso

Presunção De Inocência

A presunção da heterossexualidade de um desconhecido ou de alguém que, na realidade, não somos próximos é algo que nos obriga a silêncios e respostas vagas. São aqueles instantes em que nos obrigam a tomar uma decisão, contamos ou não? Corrigimos ou não? São esses momentos que nos fazem criar fantasmas, nascem ali versões de… Continue a ler Presunção De Inocência

Direito À Ofensa

Casal beija-se frente a graffiti na Lituânia. (Fotografia por AP Photo/Mindaugas Kulbis)

(Este artigo contém linguagem que pode ser considerada ofensiva para menores ou pessoas sensíveis.) São homens, são mulheres, jovens, adultos e velhos. São cristãos, islâmicos e ateus. São esquerda, centro, direita. Cis e trans. São paneleiros, matrafonas, gym addicts, gordinhos, bichas, michas e líderes de juventudes partidárias. São popularuchas e snobes, são politicamente correctos e… Continue a ler Direito À Ofensa

Espera lá, então eu também tenho de contar aos meus pais que sou heterossexual!?

A sexualidade será sempre a verdadeira incógnita da condição humana! Tão complexa, tão privada, e apenas define uma parte do eu… A importância associada à mesma, a procura pela sua conceptualização, bem como denominação, é ridícula e ainda se torna mais quando se estabelece uma normatividade, um padrão! O “normal” é então o menino e… Continue a ler Espera lá, então eu também tenho de contar aos meus pais que sou heterossexual!?

O mundo novo – “Likes” de ninguém para ninguém

Num mundo em que a tecnologia se apoderou do nosso dia-a-dia, corpo e emoções, parar para pensar talvez seja a melhor solução. É possível que, ao leres, te identifiques com esta nova realidade ou então jures a pés juntos que não te revês de todo com o que para aqui falo. Recentemente, a Out Magazine… Continue a ler O mundo novo – “Likes” de ninguém para ninguém

Quando é o Amor a abrir-te a porta

Vinha aqui falar de mais um filme. Freier Fall para ser específico. E talvez não vos fale de outra coisa mas escrevo-vos, de cigarro entre os dedos, de Amor. Não daquilo que ele te faz sentir, muito menos da forma como o sentes. Acredita, aqui não há teoria nem prática, cada um sente, sente-o, à… Continue a ler Quando é o Amor a abrir-te a porta

“Aqui Não Há Panilas!” (pensamento)

“Aqui não há panilas!”, ouvi eu ontem da boca daquela rapariga. Num grupo de pessoas que, embora façam parte do dia-a-dia, não me são propriamente próximas, nada disse. Não será a primeira nem a última vez que o silêncio será a única solução num determinado local e circunstância. Na realidade não havia, efectivamente, forma de… Continue a ler “Aqui Não Há Panilas!” (pensamento)

Hiroshima, Meu Amor

São duas e trinta sete da manhã, encontro-me no sexto andar de um prédio de council em East Finchley, no norte de Londres. À minha esquerda, o meu namorado dorme um sono profundo, a sua respiração é a banda-sonora para este texto. A sua respiração é o meu compasso… Lá fora uns míseros dois graus cortam o… Continue a ler Hiroshima, Meu Amor

História Triste De Dois Amigos No Armário

A noite ia longa, dentro daquela discoteca gay lisboeta as colunas de fumo e de som atravessam os corpos que faziam por se roçar como se por acaso se tratasse. Já tinha dançado o suficiente para me misturar na multidão, as luzes a marcarem o ritmo que só os olhares desfaziam, como se a cada… Continue a ler História Triste De Dois Amigos No Armário

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