Megan Rapinoe, bicampeã mundial e defensora dos direitos LGBTI+, despede-se dos campos de futebol no final da época

Megan Rapinoe, jogadora de futebol da seleção estadunidense, bicampeã mundial, ouro olímpico e defensora dos direitos LGBTI+ anunciou que abandonará os relvados no final da época.

Este será o seu último Mundial – que irá defrontar Portugal na fase de grupos – e em novembro deixará definitivamente o futebol.

É com um profundo sentimento de paz e gratidão que decidi que esta será a minha última temporada a jogar este bonito jogo. Nunca poderia imaginar as formas como o futebol iriam moldar e mudar a minha vida para sempre, mas pelo olhar desta menina, ela já sabia tudo”, escreveu num tweet associado a uma fotografia de uma jovem Rapinoe.

A atleta foi a melhor marcadora e melhor jogadora do Mundial de 2019, foi Bola de Ouro e prémio The Best nesse mesmo ano. Mas, além de uma grande futebolista, Megan Rapinoe também ficará para a história pela sua defesa pelos direitos humanos. A luta contra o racismo, a misoginia, a homofobia e transfobia são apenas alguns exemplos da sua voz ativa no campo do ativismo.

Megan Rapinoe é uma campeã nos relvados e fora deles

A futebolista soube-se lésbica desde o secundário e assumiu-se publicamente em 2012. Em 2016, ajoelhou-se durante o hino nacional dos Estados Unidos, em solidariedade com Colin Kaepernick.

Megan Rapinoe lutou igualmente pela igualdade salarial entre homens e mulheres. Em 2022, essa igualdade foi alcançada e Joe Biden condecorou Rapinoe com a Medalha da Liberdade.

Foi também signatária de uma carta que reuniu celebridades cis e trans, atletas, ativistas, jornalistas, organizações de justiça social, empresas e outras figuras públicas de apoio a todas as mulheres e raparigas trans. “Reconhecemos com clareza e força que as mulheres trans são mulheres e que as raparigas trans são raparigas”, diz a carta.

“Temos de ser melhores, amar mais, odiar menos. Temos de ouvir mais e falar menos. É nossa responsabilidade fazer do mundo um lugar melhor e acho que esta equipa faz um grande trabalho a carregar isso aos nossos ombros, ao entender a posição e a plataforma que temos. Somos desportistas, somos mulheres atletas, mas somos muito mais do que isso”, disse no seu discurso após a vitória do Mundial em 2019.

O Mundial de Futebol Feminino arranca já a 20 de julho na Austrália e Nova Zelândia. A seleção portuguesa vai jogar contra os Países Baixos a 23 de julho, o Vietname a 27 de julho, e os Estados Unidos a 1 de agosto.

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