Estudantes Presos Na Tunísia Por Homossexualidade

Quando pensamos em países como a Tunísia costumam chegar-nos imagens paradisíacas, mas a verdade é que as leis desses países são, ainda hoje, escandalosamente discriminatórias. Talvez a componente de choque seja causada por uma visão ocidentalizada do mundo, mas quero acreditar que, na realidade, se baseia naquilo que achamos ser genuinamente justo. Para todos.

Ora, esta semana foram condenados a três anos de prisão seis estudantes tunisinos simplesmente por serem homossexuais, tendo também sido proibidos de residir na cidade de Kairouan – onde ocorreu o ‘crime’ – após o final da sentença e durante cinco anos. Foi-lhes assim dada a pena máxima prevista pelo código penal da Tunísia.

Criticando as “condenações extremamente severas“, o advogado dos estudantes anunciou ter apelado, devendo o recurso ser apreciado num prazo de duas a três semanas.

Aguardemos, com a noção de que a homossexualidade é ainda considerada crime em 75 países do mundo, sendo que, a título de exemplo, só o deixou de ser em Julho passado em Moçambique (e em Portugal apenas em 1982).

Fonte: Diário de Notícias.

Nota: Obrigado ao Filipe pela partilha da notícia 🙂

Por Pedro Carreira

Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon/Bluesky: @pedrojdoc

2 comentários

  1. jluispsalvador – Portugal – Sei que não és como eu Apenas tu, Ser que sofreu… Animal andante, Ser (demasiado) pensante. Julieta que acredita num Romeu. Queria que fosses tu podendo ser eu Não sendo sequer mais que ninguém sou aquele que o teu ser procura, na busca de mais um dia de ajuda. Quando quero de ti, Não espero. Não desespero. Apenas sinto sincero que as coisas não têm que ser assim. Sinto-te longe. Tenho medo do fim. Não ouviste ninguém, nem sequer a mim. Dei o meu máximo e tu retribuíste Sinto-me impotente e tu não sentiste Estou só. Apenas comigo. Impaciente. Chateado. Só. Isolado. Sinto falta de ti. Por vezes penso que gostava que fosses eu… Forte e pensante, estupidamente criança, Sóbria e estridente! Nada mais que um ser sorridente Simples como mais uma nuvem no céu. Não vás por ai! São vários os caminhos e difíceis as escolhas. Asfixia total, nada mais que superficial, A vida é (tão simplesmente) assim. Porque a racionalidade é demasiado humana, Não passa sequer de uma escolha predestinada Apenas uma vida aparentemente sem início, nem meio ou fim. Eu continuo aqui. Tu estarás sempre aí. A vida nunca será fácil, nem bela, nem o esperado. Vive comigo este turbilhão Sente nas veias a emoção E se te sentires só lembra-te: estou aqui Procura esse abraço e a vida sorrirá para ti.
    jluispsalvador diz:

    Ocidentalizadas ou não, estas nossas massas cinzentas tendem a reprimir o que não gostamos de pensar ou não nos convém… De facto, somos uns priveligiados, não pelo paraíso LGBT em que vivemos, aliás longe disso (nem paraíso é), mas sim pelo facto de vivermos numa parte “pequenina” do mundo onde podemos lutar um pouco mais, de forma equalitária e q.b. livre (refiro-me ao lutar), pelos valores e direitos da igualdade, da família e do amor. Mas não só para nós, para o mundo. Li, algures por esse mundo da internet e dos blogues, que um vídeo, um par de mãos entrelaçadas, algures não sei bem onde ;), não representa nada quando quer representar tudo – concordo e discordo (é possível?).
    Sejamos felizes com a liberdade que fomos conquistando porque assim iremos conquistar cada vez mais. Deixemos de ser hipócritas porque o “nosso” mundo não é o mundo de toda a gente. Mas pode vir a ser =D

    1. Pedro Carreira – Portugal – Ativista pelos Direitos Humanos na ILGA Portugal e na esQrever. Opinião expressa a título individual. Instagram/Twitter/TikTok/Mastodon/Bluesky: @pedrojdoc
      pedro_jose diz:

      Quando olhamos para notícias destas é fácil entender como somos uns privilegiados neste ‘cantinho’, é verdade; mas é a sociedade no seu todo que ganha quando abraça todos os seus cidadãos, abraça a sua diferença, as suas novas ideias, a sua contribuição para construir uma sociedade melhor. Por isso o nosso privilegio é-o para todos nós, é-o para as sociedades que se deram ao privilegio de nos abraçar. E nós a elas. =)

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