O anúncio das duas novas unidades de saúde especializadas para pessoas trans, localizadas em Lisboa e no Algarve, foi feito pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, em resposta a uma questão levantada pelo deputado socialista Miguel dos Santos Rodrigues.
Na audição parlamentar da equipa ministerial da Saúde, Lacerda Sales sublinhou a importância e a complexidade desta matéria que exige condições e tempos específicos de tratamento, assim como uma equipa multidisciplinar de especialistas.
“É também um processo muito moroso naquilo que é a formação de especialistas e de equipas” que exige várias especialidades como psiquiatria, psicologia, endocrinologia, ginecologia, urologia, explicou o secretário de Estado.
De momento, apenas duas unidades de saúde se encontram a funcionar, uma recente no Hospital de Santo António, no Porto, e outra em Coimbra que, apenas, entre janeiro e abril do corrente ano operou 32 doentes – um número superior à metade dos casos que operou no ano anterior.
A estas irão juntar-se, até ao final do verão, uma unidade no Centro Hospitalar Lisboa Central e outra no Centro Hospitalar Universitário do Algarve.
Pretende assim que seja garantida a equidade em todo o território nacional, diminuir a pressão das listas de espera sobre as pessoas trans e permitir melhor acesso com à prestação de serviços de qualidade neste âmbito.
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