
Na abertura do Mês do Orgulho LGBTQIA+, Oprah Winfrey partilhou uma mensagem sobre o seu irmão mais novo, Jeffrey Lee, que morreu de SIDA na sua juventude. A apresentadora estadunidense expressou como o seu irmão ficaria maravilhado com a aceitação crescente das pessoas LGBTQIA+ nos dias de hoje e sublinhou a importância de cada pessoa ter apoio para viver uma vida autêntica.
Foi há 35 anos que o meu irmão mais novo, Jeffrey Lee, morreu de SIDA. Ele tinha 29 anos. O ano era 1989 e o mundo era um lugar extremamente cruel, não só para as pessoas que sofriam de SIDA, mas também para as pessoas LGBTQIA+ em geral.
Oprah recordou como o mundo mudou significativamente desde então.
Frequentemente penso que, se ele tivesse vivido, ficaria tão espantado com o quanto o mundo mudou. Existe [agora] de facto casamento [entre pessoas do mesmo sexo] e um Mês do Orgulho. Como a sua vida poderia ter sido diferente se tivesse vivido nestes tempos, num mundo que o visse e apreciasse por quem ele era, em vez de tentar envergonhá-lo pela sua sexualidade.
O ícone da televisão sublinhou na sua mensagem o direito de cada pessoa amar quem deseja e ser quem realmente é.
Acredito que cada pessoa tem o direito de amar quem quer amar e ser a pessoa que mais quer ser. E a minha esperança é que estejam a viver uma vida que se sinta autêntica e que tenham o apoio necessário para isso, independentemente da vossa sexualidade. Se estão a celebrar o orgulho este mês ou sempre, desejo-vos que continuem a ascender à expressão mais verdadeira e elevada de vocês mesmas como seres humanos.
Oprah recebeu o Vanguard Award pelo seu apoio à comunidade LGBTQIA+
Oprah falou sobre o seu irmão mais novo também em março, ao aceitar o Vanguard Award, concedido a pessoas aliadas que fizeram uma diferença significativa na promoção da aceitação de pessoas e questões LGBTQIA+.
Durante o seu discurso, Winfrey destacou o trabalho do seu programa, The Oprah Winfrey Show, durante a crise da SIDA para corrigir a “desinformação e o medo mal orientado” sobre os homens gays. Em 1987, levou o seu programa a Williamson, em West Virginia, uma cidade que havia fechado uma piscina local após um homem seropositivo ter nadado lá, para realizar uma assembleia onde esquipas médicas explicaram como o vírus é transmitido.
Queria criar um espaço seguro para trazer as vidas e as histórias de fundo da comunidade LGBTQ para o centro das atenções do nosso público. E o que aprendi ao longo dos anos a entrevistar mais de 35,000 pessoas individualmente é que cada pessoa quer a mesma coisa, que é o desejo de se sentir vista e saber que o que dizemos importa e que nós importamos.
A importância das pessoas aliadas nas décadas de 1980 e 1990
A mensagem de Oprah Winfrey não só relembra a perda pessoal da sua família, mas também destaca a importância das pessoas aliadas que, em especial nas décadas de 1980 e 1990, apoiaram as pessoas com VIH/SIDA e combateram o estigma associado. Estas pessoas, muitas vezes enfrentando adversidades e críticas, desempenharam um papel crucial na sensibilização e na promoção de uma sociedade mais inclusiva e compreensiva.
A coragem de figuras públicas como Oprah Winfrey e muitos outras que usaram a sua plataforma para educar e apoiar a comunidade LGBTQIA+ ajudou a pavimentar o caminho para a aceitação e os direitos que muitas desfrutam hoje. É um lembrete poderoso de que o apoio e a compaixão podem fazer uma diferença monumental na vida das pessoas e na transformação da sociedade.

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