
A recente nomeação de JD Vance por Donald Trump para candidato à vice-presidência dos Estados Unidos levanta sérias preocupações sobre preconceito, misoginia e LGBTIfobia. Vance, que antes criticava Trump, agora é um dos seus mais fervorosos apoiantes, o que torna esta escolha ainda mais alarmante.
Vance, tal como Trump, tem um historial de posições de oposição a direitos consagrados
Um dos atos mais polémicos de J. D. Vance é a introdução do “Protect Children’s Innocence Act”, uma legislação que distorce a realidade dos cuidados de saúde para pessoas trans. A proposta inclui a proibição de procedimentos médicos que, na realidade, não são realizados em menores. A proposta remata ainda com a imposição de penas severas. Este ato, se aprovado, representaria um retrocesso significativo nos direitos das pessoas trans nos EUA.
Vance também declarou que votaria contra o “Respect for Marriage Act”, que visa codificar a igualdade no casamento. Este posicionamento vai contra os avanços conquistados pela comunidade LGBTI+, colocando em risco a segurança e os direitos de milhões de casais.
O senador tem uma história de disseminação de retórica falsa e prejudicial. Em 2022, acusou opositores de leis que pretendiam censurar discussões sobre orientação sexual e identidade de género de serem “groomers”. Esta acusação infundada não só desrespeita a comunidade LGBTI+, como também desvia a atenção de verdadeiros casos de abuso sexual contra jovens.
Vance e Trump representam uma colagem à extrema-direita
Vance recebeu o apoio de figuras como Donald Trump Junior e Marjorie Taylor Greene que já fizeram declarações abertamente anti-LGBTI+. Greene, por exemplo, participou numa conferência de supremacia branca, que Vance defendeu, demonstrando uma preocupante proximidade com ideologias extremistas.
Vance também demonstrou misoginia e xenofobia em vários momentos. Este atacou figuras políticas, como a atual vice-presidente Kamala Harris e Alexandria Ocasio-Cortez, com base em estereótipos e preconceitos. Mas não se ficou por aqui, também promoveu ideias de que a diversidade e a inclusão são prejudiciais às forças armadas dos EUA.
Ainda sem resposta devida por parte do Presidente e candidato Joe Biden, a ascensão de Vance ao poder representa uma ameaça não só para os EUA, mas para o mundo. A sua postura contra os direitos humanos fundamentais, aliada ao apoio de figuras extremistas, pode incentivar movimentos semelhantes noutras partes do mundo, amplificando o preconceito, a misoginia e a LGBTIfobia.
A nomeação de J.D. Vance é assim um alerta para quem defende a igualdade e os direitos humanos. É crucial que a comunidade internacional esteja atenta e pronta para combater qualquer tentativa de retroceder nos direitos conquistados com tanto esforço ao longo das últimas décadas.

Deixa uma resposta