
O Bloco de Esquerda voltou a exigir explicações ao governo após o grupo extremista Habeas Corpus publicar, pelo segundo mês consecutivo, uma lista de pessoas que identifica como “terroristas LGBTQIA+”. Entre os visados encontra-se o ex-ministro da Educação, João Costa.
A ministra da Igualdade, Margarida Balseiro Lopes, tem mantido silêncio sobre o caso, apesar de vários pedidos de esclarecimento. O Bloco já tinha questionado o governo após a publicação da primeira lista, dirigindo perguntas aos ministérios da Administração Interna, Justiça, e Juventude e Modernização. Apenas o Ministério da Justiça respondeu, encaminhando a questão para a Administração Interna.
O líder parlamentar do Bloco, Fabian Figueiredo, sublinha a urgência de garantir a proteção dos direitos das pessoas visadas: “Queremos ter a certeza de que o governo vai garantir os direitos, liberdades e garantias das pessoas, e que o grupo de extrema-direita Habeas Corpus será desmantelado.“
Este grupo também esteve envolvido num incidente durante a apresentação de um livro de Mariana Jones, interrompida por membros do Habeas Corpus. A PSP agiu quando chamada e identificou vários indivíduos, encaminhando a participação para o Ministério Público.
Também Ana Rita Almeida, autora do livro “Mamã, quero ser um menino!”, viu a apresentação invadida pela associação de extrema-direita.
O Bloco de Esquerda exige uma resposta pública urgente do governo, mas, até ao momento, a tutela da igualdade mantém-se em silêncio.
“O gangue criminoso Habeas Corpus não pode, impunemente, ameaçar cidadãs/ãos que se empenham na defesa dos direitos humanos, nem impedir a realização de iniciativas culturais e sociais que promovem. Portugal é uma democracia. Às autoridades públicas cabe defendê-la”, rematou o líder parlamentar bloquista no X/Twitter.

Deixa uma resposta