A ilha da Madeira é o palco do novo documentário “Drag: A Arte do Transformismo“, que explora a arte e a história do drag com foco nos artistas locais ou com ligação à região. O filme, com cerca de uma hora e vinte minutos, está disponível em versões em português e inglês (legendada) e será lançado no YouTube no final de setembro, coincidindo com a Marcha e Arraial Pride ’24 na Madeira.
A estreia oficial de “Drag: A Arte do Transformismo” ocorreu no Centro Comunitário LGBTIQ+ da Madeira, durante as celebrações do 2º aniversário do espaço, com curadoria da OpusGay Madeira. A apresentação incluiu uma performance surpresa de La Aura, uma das drag queens destacadas no documentário.
“Fazíamos isto antes do 25 de Abril, mas depois já tivemos mais um pedacinho de liberdade.” – Anibal Miranda (Esmeralda)
“Há pessoas que aceitam e outras que não. Tive clientes que entravam, viam que éramos travestis e iam logo embora, outros ficavam. Outros até gostavam de ver, mas não queriam dar o braço a torcer, ficavam atrás, mas sempre a ver…” – Ricardo Marques (Bianca Vascary)
“Como Raquel sou, supostamente, mais “feminina”, mas como tenho o Joaquim [Phónix], sinto-me um bocado fluída, entre os géneros e não tanto nos extremos.” – Raquel Silva (Joaquim Phónix)
O documentário teve o apoio da Câmara Municipal do Funchal e contou com a participação de várias instituições locais. A produção, liderada por Margarida Góis e Summy Luís (aka Alecia Fluffy), entrevistou drag queens e kings madeirenses, como Esmeralda, Bianca Vascary, Miss Alice, Jessie La’Hore, Joaquim Phónix, entre outras figuras proeminentes da cena drag. A obra também inclui performances exclusivas e abordagens sobre sexualidade, identidade e expressão de género.
A obra é inteiramente produzida por pessoas queer, refletindo a diversidade e o talento da comunidade drag madeirense. O documentário serve também o propósito de preservar histórias queer da região na primeira pessoa.
Atualização 28 de setembro: O documentário já está disponível para ver na íntegra:
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