
O Pentágono iniciou uma purga sem precedentes, removendo mais de 26.000 imagens e publicações relacionadas a iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Esta ação não só apaga marcos históricos importantes, como também expõe o ridículo de uma guerra ideológica contra a diversidade.
Entre as imagens removidas estão referências a heróis de guerra condecorados, como os Tuskegee Airmen, primeiros pilotos militares negros dos EUA, e as Women Airforce Service Pilots (WASPs), mulheres que desempenharam papéis cruciais na Segunda Guerra Mundial. Ao apagar essas figuras, nega-se a sua importância na construção de uma história mais plural e inclusiva.
Quando ‘gay’ se torna um problema
O absurdo desta purga atinge o cúmulo do ridículo ao eliminar imagens apenas porque contêm a palavra “gay”. Entre os conteúdos censurados está uma fotografia do bombardeiro Enola Gay [acima], responsável por lançar a primeira bomba atómica em Hiroshima. Este tipo de decisão ilustra o perigo de políticas cegas e carregadas de preconceito, onde até um simples nome pode ser alvo de censura. Também pessoal e respetivo trabalho nas forças armadas cujo sobrenome é, precisamente, Gay, foram retirados.
A remoção de conteúdos DEI não afeta apenas a preservação histórica, mas também prejudica a moral e a coesão das forças armadas. Apagar a diversidade e as contribuições de grupos marginalizados não fortalece a unidade militar, mas sim perpetua desigualdades e cria um ambiente menos inclusivo e acolhedor.
A homofobia afeta todas as pessoas
Esta decisão demonstra que a homofobia e o preconceito não são problemas exclusivos das pessoas LGBTQ+, mas sim ataques a toda a sociedade. Quando se começa a apagar a diversidade, o próximo passo é apagar qualquer voz que não se encaixe num padrão rígido e excludente.
Um mundo onde até um nome se torna um problema é um mundo onde nenhuma pessoa está verdadeiramente segura. A fragilidade de quem implementa estas políticas é gritante e há que não lhes dar a hipótese de nos esquecermos em como a Humanidade floresce com a sua própria diversidade.

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