
No dia 14 de junho, Lisboa recebe uma nova edição especial do Todo Mundo Slam, evento que celebra a palavra falada, o orgulho LGBTQIAPN+ e a resistência artística. A partir das 19h, a Biblioteca de Alcântara transforma-se num palco de poesia, performance e encontro comunitário.
Organizado pela associação Fala Orgânica, o projeto propõe um espaço de partilha e escuta, centrado na diversidade e na liberdade de expressão. Depois de outras no passado, esta edição insere-se na programação anual do slam e destaca as vozes dissidentes, migrantes e LGBTQIAPN+ como protagonistas.
“A poesia é, para nós, um espaço de existência plena”, dizem Lucas França e Maria Giulia Pinheiro que garantem a curadoria. “Celebrar o orgulho é celebrar corpos, memórias e vozes que desafiam o silêncio e constroem outras narrativas.”

O conceito é tão simples como eficaz. O poetry slam é um torneio de poesia falada em que é o público que decide. Sem adereços, no palco apenas o corpo e a voz marcam presença. Qualquer pessoa pode participar — basta trazer três poemas autorais de até 3 minutos.
No público tem-se o júri que será composto por cinco pessoas, garantindo diversidade e espontaneidade. As notas mais altas avançam para as próximas rondas, e a vencedora garante vaga na grande final anual do Todo Mundo Slam.
Uma noite que é um convite à escuta e ao encontro através da poesia


A noite arranca com o Bailinho Queer, workshop de forró conduzido por Paola Vasconcelos, onde a dança se afirma como expressão de corpos políticos e coletivos. Seguem-se performances poéticas de Karen David e Marina Campanatti, com Todas as Histórias de Amor, e de Felipe Castro, com Resistir é sambar na cara do cansaço e da tragédia. A poeta e ativista Raquel Smith Cave dará voz a Poemas com Orgulho, numa leitura centrada em identidade, corpo e desejo.
O torneio de poetry slam — gratuito e aberto à participação — conta com três rondas e dez vagas para quem quiser competir. O público elege a vencedora da noite, que garante lugar na final anual do Todo Mundo Slam.
Arte no palco, mimos gastronómicos nas mesas
Para acompanhar as palavras com sabores, a quitandeira Eduarda Meireles (Matuta) servirá bolos caseiros, pão de queijo e outras delícias “de vó”, trazendo à mesa o mesmo afeto presente no palco.
O som da noite estará a cargo de Gonçalo Antunes, que propõe uma seleção musical que cruza ritmos diversos com a celebração da língua portuguesa.
Com entrada livre e espírito de comunidade, esta edição do Todo Mundo Slam reafirma a arte como ferramenta de transformação social e política. No mês do Orgulho, cada poema é também um manifesto: por visibilidade, por escuta e por liberdade.
📍 Todo Mundo Slam – Edição Especial do Orgulho
🗓 14 de junho de 2025 (sábado)
🕖 19h – 23h
📚 Biblioteca de Alcântara, Lisboa
🎟 Entrada livre
🔗 @todomundoslam no Instagram
Programação
19h – Abertura e inscrições para o slam
(10 vagas disponíveis para poetas com três poemas autorais)
19h15 – Bailinho Queer | Workshop de forró queer com Paola Vasconcelos
20h – Primeira ronda do Todo Mundo Slam
21h15 – Todas as Histórias de Amor | Performance de Karen David e Marina Campanatti
21h30 – Resistir é sambar na cara do cansaço e da tragédia | Performance de Felipe Castro
21h45 – Segunda ronda do slam
22h30 – Poemas com Orgulho | Leitura de Raquel Smith Cave
22h45 – Ronda final do slam e encerramento

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