
A Marcha do Orgulho LGBTI+ do Porto regressa este sábado, 28 de junho, às ruas da cidade. Na sua 20.ª edição, a marcha assinala duas décadas de resistência e visibilidade, mas fá-lo com um alerta: a ausência de apoio da Câmara Municipal do Porto levou ao cancelamento do Arraial + Orgulhoso, evento comunitário que encerrava a jornada de luta e celebração.
“Marchamos porque ainda não vivemos num país onde todes tenham direito a existir com liberdade e dignidade”, afirma a organização no comunicado.
A concentração está marcada para as 15h na Avenida dos Aliados, junto à Câmara do Porto, e termina no Largo Amor de Perdição — espaço que se mantém como lugar simbólico de encontro, mesmo sem o habitual arraial.
Leques como gesto político e de resistência
Este ano, a marcha convida todas as pessoas a levarem leques. O gesto de “bater leque” é resgatado enquanto símbolo de expressão queer, de identidade e resistência, desde as cortes aos ballrooms e às manifestações de hoje. “É ecológico. É nosso. É para todes.”
A organização apela também a uma atitude crítica face ao consumo e ao pinkwashing de marcas que lucram com o arco-íris, mas que não garantem condições dignas às pessoas LGBTQIA+.
Orgulho coletivo e luta partilhada
O cancelamento do Arraial + Orgulhoso, sublinha as limitações sentidas pelas organizações comunitárias perante a ausência de apoios públicos. Ainda assim, o movimento recusa o silêncio:
“Canceladas, sim. Silenciadas, nunca. Não estás só, quando não acreditares, nós lutamos contigo.”
A marcha do Porto assume-se, mais uma vez, como espaço interseccional e inclusivo, onde cabem todas as identidades, orientações, profissões e idades. Porque o orgulho é coletivo, e a mudança constrói-se em conjunto.
Não faltes! 🦄🪭🌈
📍 28 de junho
🕒 15h – Concentração na Avenida dos Aliados
🏁 Final – Largo Amor de Perdição

Deixa uma resposta