
Silas H. Shelton, pastor da Blanchester Community Church, no Ohio, foi detido e enfrenta várias acusações de abuso sexual continuado a uma menor. O caso envolve uma rapariga da sua congregação, que teria entre 14 e 15 anos quando os abusos começaram, em 2019.
Segundo a polícia de Wilmington, o abuso prolongou-se durante anos, deixando a jovem “presa e manipulada” pela autoridade religiosa de Shelton.
O pastor, de 48 anos, encontra-se detido sob uma fiança de dois milhões de dólares e declarou-se inocente. As autoridades pedem que outras possíveis vítimas contactem a polícia.
(Mais um) Pastor com historial de discurso de ódio LGBTIfóbico
Shelton tornou-se conhecido no ano passado ao discursar numa reunião escolar onde condenou a presença de livros LGBTQ+ em feiras literárias, nomeadamente a popular série Heartstopper, de Alice Oseman. Na altura, afirmou: “As crianças não deviam questionar nem explorar a sua sexualidade. Não percebo por que temos este tipo de coisas nas nossas escolas.”
O pastor também atacou as bandeiras do Orgulho nas salas de aula, chamando-lhes “uma demonstração nojenta” que, dizia, causava divisão. As suas declarações levaram o distrito escolar de Little Miami a suspender as feiras do livro e a criar uma comissão para avaliar os títulos disponíveis.
A ironia das acusações não passou despercebida. “Homens como ele há décadas escondem-se atrás da Bíblia para mascarar o seu preconceito. Quanto mais gritam sobre proteger as crianças, mais sujas costumam estar as suas mãos”, escreveu o jornalista e ativista Hemant Mehta no site The Friendly Atheist.
O caso expõe mais uma vez a hipocrisia de figuras religiosas e políticas que usam a retórica “anti-LGBTQ+” como escudo moral, enquanto perpetuam abusos que dizem condenar.
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