Lançado pelo diretor de criação Daniel Vais em março deste ano, o Drag Syndrome é o primeiro evento de drag do Reino Unido com artistas com trissomia 21. De acordo com Vais, o desempenho regular do grupo ajuda a desafiar equívocos sobre pessoas com trissomia 21, ao mesmo tempo que fornece uma ótima plataforma para a auto-expressão.
“Estes espetáculos fazem parte de sua prática artística, é nisto que nos concentramos, no nosso interior, não no exterior“, explicou o diretor.
Este grupo de drag queens e kings foi inicialmente reunido em 2018 para fornecer uma plataforma a artistas com dificuldades de aprendizagem e desafiar estereótipos. Para Lucy, cujos quatro filhos participam no grupo, a iniciativa é um escape muito bem-vindo:
A razão pela qual eu adotei quatro pessoas com Síndrome de Down foi porque eu costumava ir a um antigo hospital vitoriano onde as pessoas com trissomia 21 eram simplesmente silenciadas. Reconheci nos meus filhos o seu talento e percebi serem pessoas muito interessantes que a sociedade tinha evitado. Daí a importância em vê-los no espetáculo.
O Drag Syndrome ganhou fãs de relevo na área do espetáculo Drag, nomeadamente Charlie Hides, participante do famoso Rupaul’s Drag Race.
Um dos filhos de Lucy, Otto, foi rápido em reiterar os aspectos positivos do arrasto:
“Definitivamente fiquei mais confiante e estou mais confortável. Fazer Drag é absolutamente deslumbrante, queridas!“
Vale a pena conhecer melhor os desafios e a beleza das pessoas com trissomia 21, por exemplo, pela Associação Pais21.