Suécia e Dinamarca: Taxa de suicídios cai após legalização do casamento entre pessoas do mesmo género

Pride de Copenhaga 2018

A taxa de suicídio entre pessoas casadas com outras do mesmo género caiu 46% após legalização do casamento, mas ainda é “preocupantemente elevada“, afirma pesquisa.

As taxas de suicídio entre as pessoas do mesmo género caíram significativamente na Dinamarca e na Suécia desde a legalização do casamento livre, segundo um estudo, embora, independentemente do seu estado civil, pessoas lésbicas, gays e bissexuais (LGB) continuam mais propensas a tirar a própria vida.

O estudo conjunto do Instituto Dinamarquês de Pesquisa para Prevenção do Suicídio e da Universidade de Estocolmo compararam as taxas de suicídio de pessoas em relações homossexuais e heterossexuais nos períodos 1989-2002 e 2003-16.

A Dinamarca tornou-se o primeiro país do mundo a permitir parcerias civis entre pessoas do mesmo sexo em 1989, com a vizinha Suécia seis anos depois. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, agora autorizado em 28 países, tornou-se legal na Suécia em 2009 e na Dinamarca em 2012.

O estudo descobriu que, entre os dois períodos, o número de suicídios entre pessoas em uniões do mesmo género caiu 46%, comparado a um declínio de cerca de 28% no número de suicídios por pessoas em relacionamentos heterossexuais.

Embora as taxas de suicídio nas populações em geral da Dinamarca e da Suécia tenham diminuído nas últimas décadas, a taxa de pessoas que vivem em casamento do mesmo género diminuiu a um ritmo mais acentuado, o que não foi observado anteriormente“, concluiu o estudo que acompanhou 28.000 pessoas LGB durante 11 anos.

Annette Erlangsen, autora principal, sugeriu que, juntamente com outras leis de direitos da população LGBTI, o casamento entre pessoas do mesmo género pode ter reduzido os sentimentos de estigmatização social entre algumas pessoas homossexuais. “O casamento protege contra o suicídio“, explicou.

No entanto, a diferença das taxas de suicídio em pessoas casadas com alguém do mesmo género é, ainda assim, mais do dobro quando comparada com pessoas casadas com alguém de género diferente.

É positivo ver que a taxa de suicídios quase caiu pela metade. Mas continua preocupantemente elevada, especialmente considerando que a taxa de suicídio pode ser maior entre pessoas não casadas”, comentou.

De acordo com um relatório de 2018 comparando 35 estudos de 10 países, jovens LGBTI têm pelo menos três vezes mais chances de tentar o suicídio do que pessoas heterossexuais da mesma idade, embora o risco possa ser reduzido pela legislação pró-igualdade.

Apesar da reputação da Escandinávia como líder progressista em direitos LGBTI, um estudo publicado no mês passado revelou que quase um terço dos homens dinamarqueses consideravam o sexo entre dois homens moralmente errado.

Linhas de Apoio e de Prevenção do Suicídio em Portugal

Linha LGBT
De Quinta a Sábado, das 20h às 23h
218 873 922
969 239 229

SOS Voz Amiga
(entre as 16 e as 24h00)
213 544 545
912 802 669
963 524 660

Telefone da Amizade
228 323 535

Escutar – Voz de Apoio – Gaia
225 506 070

SOS Estudante
(20h00 à 1h00)
969 554 545

Vozes Amigas de Esperança
(20h00 às 23h00)
222 080 707

Centro Internet Segura
800 219 090

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)

Linha de apoio: 910 846 589 
Email: apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência – AMCV

Linha de apoio: 213 802 165 
Email: ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação – EIR UMAR

Linha de apoio: 914 736 078 
Email: eir.centro@gmail.com

Fonte: The Guardian.


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