
Neste Dia Internacional das Mulheres, serão 13 as cidades portuguesas a receber associações feministas. A data serve para dar visibilidade às “opressões que as mulheres são alvo na sociedade“.
“Além da celebração das nossas vidas, queremos também dar visibilidade às violências, às opressões, às desigualdades que as mulheres são alvo numa sociedade desigual, quer as mulheres cis, quer as mulheres trans”, disse Cheila Collaço Rodrigues, ativista do núcleo de Lisboa da Rede 8 de Março.
A Greve Feminista Internacional acontece desde 2019. Este ano decorrerá nas cidades de Aveiro, Barcelos, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Leiria, Lisboa, Porto e Vila Real, e, no sábado, em Chaves.
Dia Internacional das Mulheres: Locais e horários de Marchas
- Faro: Jardim Manuel Bívar, 18h
- Aveiro: Praça Dr. Joaquim de Melo Freitas, 18h
- Barcelos: Porta Nova, 18h30
- Braga: Praça da República, 18h
- Bragança: Cantina do IPB, 18h
- Chaves: (11 de março) Largo das Freiras, 15h
- Coimbra: Praça 8 Maio, 18h
- Évora: [por confirmar]
- Guimarães: Plataforma das Artes, 18h
- Leiria: Largo 5 de Outubro, 18h
- Lisboa: Alameda, 18h30
- Porto: Praça dos Poveiros, 18h30
- Vila Real: Praça Luís de Camões, 18h
- Viseu: Rossio, 17h30
“Esta greve assenta numa onda muito específica do feminismo e em três pilares principais: a greve laboral, a estudantil, mas também as dos cuidados – que é, basicamente, o trabalho que as mulheres desempenham na sociedade e que sem o qual a sociedade colapsa”, salientou.
Cheila acrescentou que “o capitalismo colapsa sem o trabalho doméstico das mulheres“.
O Manifesto e a sua subscrição encontra-se disponível.
Viseu com 8M – Assembleia Feminista
A Plataforma Já Marchavas, juntamente com o projeto JOY & Práticas Coletivas do Prazer, organizam igualmente manifestação em Viseu, 8M – Assembleia Feminista. Esta realiza-se neste dia 8 de março, pelas 17h30, no Rossio.
No seu manifesto, exigem:
- Igualdade salarial;
- Concretização da lei da paridade na sua plenitude;
- Fim da precariedade dos contratos de trabalho, onde as pessoas mais afetadas são mulheres;
- Colocação de mulheres, com a formação e aptidões necessárias, em lugares de decisão, quer no setor público, quer no setor privado;
- A erradicação de todas as formas de violência de género, sexual, racial, contra as mulheres;
- A consciencialização da igual partilha de tarefas, quer domésticas, quer de cuidados;
- Mais e melhores direitos para as cuidadoras e cuidadores informais;
- Cuidados de saúde dignos e humanizados que respeitem a vontade das mulheres e a autodeterminação sobre os seus corpos;
- O acesso a produtos menstruais e cuidados de higiene gratuitos;
- O fim da violência obstétrica nos blocos de partos dos hospitais, violência essa que é física e psicológica e que afeta a recuperação da mulher durante o puerpério, pondo em causa a sua saúde mental, a sua vida sexual e a sua relação com o bebé, comprometendo o sucesso da amamentação e o desenvolvimento saudável do recém-nascido;
- O fim de práticas hospitalares não recomendadas que configuram diversas formas de violência física e sexual para com os corpos femininos, trans e intersexo, através da denúncia e penalização de cirurgias ou outros procedimentos médicos desnecessários de forma a garantir as características sexuais de todas as pessoas.
- Queremos uma sociedade com espaço para todas as pessoas, uma sociedade plenamente democrática, inclusiva, LGBTQIA+ , ecologista, antifascista, antirracista, anti-idadista e participativa.
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