
A escritora Mariana Jones foi vítima de ameaças homofóbicas devido ao seu livro infantil “O Pedro gosta do Afonso“. A informação foi confirmada pela PSP do Porto que informou que Mariana Jones está com estatuto de vítima. O caso foi remetido ao Ministério Público.
Desde outubro, Mariana tem sido alvo de “ameaças e intimidação a nível digital” por Djalme dos Santos, membro da associação de extrema-direita “Habeas Corpus”, presidida pelo ex-juiz Rui Fonseca e Castro. Djalme dos Santos descreveu o livro como um “manual de instruções” ou “bíblia homossexual infantil” em vídeos nas redes sociais.
Mariana inicialmente desvalorizou as ameaças, mas a situação agravou-se no Dia da Criança, 1 de junho. Durante a Feira do Livro de Lisboa, enquanto apresentava o livro “O avô Rui. O senhor do café”, Mariana foi confrontada por Djalme dos Santos, que a filmou de perto e a acusou de ser “promotora da homossexualidade infantil e pedofilia“. A segurança do evento e outras pessoas autoras presentes intervieram, removendo Djalme dos Santos do local.
Na sequência do incidente, Mariana decidiu formalizar a queixa, após uma noite sem conseguir adormecer e com a consciência da gravidade da situação. Desde então, tem recebido “dezenas de mensagens de ódio“, incluindo a divulgação do seu número de telefone e uma fotografia de uma das suas filhas com mensagens ofensivas nas redes sociais.
Mariana percebeu a dimensão pessoal do assunto na Feira do Livro: “Já não era com o livro, era comigo“. Apesar do medo pelas suas filhas, decidiu avançar com a queixa, determinada a enfrentar a situação.
Atualização 22 de junho: A mesma organização de extrema-direita perturbou novamente lançamento do novo livro da autora este sábado na Fnac do NorteShopping, no Porto.

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