
O Bloco de Esquerda (BE) defendeu que organizações extremistas como a Associação Habeas Corpus ou o Grupo 1143 devem ser desmanteladas. Estamos perante grupos que têm vindo a invadir apresentações de livros e criado listas de “terroristas LGBTI”.
“Organizações formais como o Habeas Corpus, ou de caráter informal, como o Grupo 1143, devem ser desmanteladas, ou seja, deve-se usar a extensão da lei, garantir que os grupos são monitorizados, os seus membros identificados e as suas organizações desmanteladas“. Numa democracia “não pode haver lugar para o ódio nem para a violência, sob nenhuma forma, e isso tem de ser ponto assente“, afirmou o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo.
Habeas Corpus tem invadido eventos e intimidado pessoas e organizações
Em junho passado, Mariana Jones foi vítima de ameaças homofóbicas por membros da Associação Habeas Corpus devido ao seu livro infantil “O Pedro gosta do Afonso”. A PSP do Porto confirmou que Mariana Jones está com estatuto de vítima e que o caso foi remetido ao Ministério Público. Desde outubro a autora tem sido alvo de ameaças digitais por Djalme dos Santos que descreveu o livro como um “manual de instruções” ou “bíblia homossexual infantil” em vídeos nas redes sociais.
No início do mês, também a apresentação do livro “Mamã, quero ser um menino!”, da autora Ana Rita Almeida, foi interrompida este sábado no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova. Entre os gritos de protesto, ouviu-se “acabou!” e “deixem as crianças em paz!”. A interrupção foi, mais uma vez, causada pela Habeas Corpus, liderada pelo ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que invadiu o evento com uma bandeira de Portugal e um megafone.
A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova anunciou que poderá apresentar queixa ao Ministério Público pela invasão da organização extremista.
A GNR invocou esta semana o “princípio do uso mínimo da força” para justificar o facto de ter retirado da apresentação a autora da obra e não os elementos da Habeas Corpus que, para manifestar “a sua insatisfação“, invadiram o evento.
Após a divulgação de uma lista criada pela Habeas Corpus com nomes que considera “terroristas LGBTI”, a mesma organização pretende agora intimidar a 1ª Marcha do Orgulho LGBTQIA+ de Castelo Branco. A Marcha acontecerá no dia 14 de setembro.

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