
Ruben Amorim apoiou a recente decisão do plantel masculino do Manchester United de não usar camisolas arco-íris, destinadas a apoiar a comunidade LGBTQ+. A decisão foi tomada em solidariedade com Noussair Mazraoui, que recusou vestir o casaco devido às suas crenças religiosas. A escolha do grupo foi criticada pelos Rainbow Devils, grupo de apoio LGBTQ+ do clube, que a classificou como uma “grande desilusão“.
Ruben Amorim, treinador do clube, defendeu a equipa masculina, sublinhando a complexidade da situação. Segundo Amorim, esta decisão equilibra três fatores: os valores do clube, o respeito pela religião e a unidade do grupo. “A maioria dos jogadores acredita numa coisa, mas viram um colega sozinho e decidiram: ‘Vamos estar juntos’”, explicou Amorim. Ele enfatizou que o clube precisa representar e respeitar todas as perspetivas, incluindo as culturais e religiosas.
Esta abordagem gerou um debate sobre como lidar com valores aparentemente contraditórios dentro de equipas diversificadas. Se, por um lado, a decisão demonstra empatia e união, por outro, é uma oportunidade perdida de apoiar uma causa importante de valores que vão além das crenças pessoais.
O episódio sublinha um desafio crescente no desporto moderno: equilibrar a inclusão e a diversidade com as crenças individuais. Para o Manchester United, a situação é um lembrete do papel que os clubes desempenham enquanto plataformas de diálogo social. A questão que permanece é: como conciliar solidariedade com diversidade sem comprometer os valores fundamentais?
O Manchester acabou por vencer o Everton por 4 a 0.

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