
Uma nova diretiva de Donald Trump ordena a identificação e remoção de militares trans das Forças Armadas dos Estados Unidos num prazo de 30 dias. Esta ação representa um forte retrocesso nas políticas de inclusão implementadas em anos anteriores nas forças militares do país.
Histórico das políticas para militares trans nos EUA
Em 2016, durante o segundo mandato do presidente Barack Obama, o Pentágono levantou a proibição que impedia pessoas transgénero de servirem abertamente nas Forças Armadas. Esta mudança permitiu que milhares de militares trans servissem com transparência e orgulho. No entanto, em 2017, o então presidente Donald Trump anunciou a intenção de banir pessoas trans do serviço militar, citando preocupações com “custos médicos e distrações“. Após batalhas legais e oposição pública, a proibição foi parcialmente implementada em 2019, restringindo novas admissões, mas permitindo que quem estava continuasse.
Em 2021, o presidente Joe Biden reverteu esta política, permitindo novamente que pessoas trans servissem abertamente. Esta decisão foi celebrada por ativistas dos direitos LGBTQ+, que a consideraram um passo importante para a igualdade e inclusão nas Forças Armadas.
Recuo com as novas diretivas da Administração Trump
Com o regresso de Donald Trump à presidência em 2025, foram emitidas novas diretivas que não só proíbem a entrada de indivíduos trans no serviço militar, mas também ordenam a expulsão que quem já está em serviço. O memorando do Pentágono especifica que exceções só serão concedidas em casos onde haja “um interesse convincente do Governo“. Além disso, a administração encerrou programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) no Departamento de Defesa, argumentando que tais iniciativas comprometem a coesão e prontidão militar.
Estas ações geraram críticas intensas de grupos de defesa dos direitos humanos e organizações LGBTQ+, que as classificam como discriminatórias e prejudiciais para a moral e eficácia das Forças Armadas. Ativistas apontam para a existência de 15 mil militares trans nos EUA, o que pode ser um problema para a própria administração caso haja esta expulsão.
Processos judiciais já foram iniciados para contestar a legalidade destas medidas, e debates acesos continuam tanto no âmbito político quanto na sociedade em geral. A situação permanece em aberto, com possíveis implicações legais e sociais a serem observadas nos próximos meses.

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